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Google diz que o maior problema dos carros autônomos são os próprios humanos

Por| 16 de Setembro de 2015 às 08h50

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Foto: Reprodução
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O Google vem trabalhando intensamente no desenvolvimento do seu carro autônomo, porém a companhia tem enfrentado um problema grave de segurança: a presença de humanos.

No mês passado, um dos veículos sem motorista da empresa estava trafegando e, ao chegar na faixa de pedestres, ele cumpriu o seu papel de frear. Nada aconteceu com a pessoa, mas o carro que estava atrás acabou sendo atingido por não esperar a parada.

Os veículos autônomos do Google estão sendo testados dentro da lei imposta pelo governo da Califórnia, mas nem sempre os testes são bem-sucedidos. Em um deles, realizado em 2009, o carro da empresa não conseguia atravessar uma rua de quatro vias, pois os sensores ficavam esperando os outros carros pararem completamente para seguir o caminho. Com isso, os motoristas humanos tiravam vantagem do veículo que permanecia parado.

Mas o problema não é somente da companhia de Mountain View. Especialistas da área afirmam que o maior desafio enfrentado por um carro que dirige sozinho é dividir as estradas com os seres humanos que, muitas vezes, não respeitam a lei. Donald Norman, diretor do Laboratório de Design da Universidade da Califórnia, em San Diego, diz que o verdadeiro problema de um veículo desse tipo é que ele é muito seguro.

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"Eles precisam aprender a ser agressivos na quantidade certa, e a quantidade certa depende da cultura", diz. Os pesquisadores ainda acreditam que problemas de trânsito e acidentes poderiam ser reduzidos facilmente com a utilização apenas de carros autônomos.

Uma ampliação da demanda de veículos ainda deve levar muito tempo para ser executada. Atualmente, os testes estão sendo feitos justamente para tentar entender quais são os desafios do mundo real e o que vai acontecer quando um destes carros quebrar na estrada.

Dmitri Dolgov, chefe de software para o projeto do Google, disse que uma das coisas que ele aprendeu com o desenvolvimento dos carros é que os motoristas humanos precisam ser "menos idiotas".

Em caso de acidentes, uma das maiores preocupações dos desenvolvedores é a negociação sobre quem estava certo ou errado. Courtney Hohne, porta-voz da companhia, diz que quando acontece algo com dois humanos, a situação é resolvida com "contato visual". Ou seja, onde estão os olhos de um veículo autônomo?

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Fonte: New York Times