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Elon Musk quer usar satélites para levar internet a áreas remotas

Por| 21 de Setembro de 2015 às 11h28

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O empreendedor Elon Musk pediu, na última semana, autorização da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos para lançar quatro mil satélites de comunicação. A ideia, segundo ele, é usar todo o aparato para levar o acesso à internet às regiões mais pobres e remotas do globo, fomentando a comunicação e garantindo que todos tenham direito a elas.

A disponibilização de rede via satélite não é uma novidade e, inclusive, já está em prática hoje. O que diferencia o projeto de Musk, porém, é a forma como isso será feito. Para diminuir a latência, sua empresa, a SpaceX, quer os equipamentos voando em uma órbita baixa, a 650 km de altura, e em uma velocidade menor que a normal, permitindo uma conexão mais estável, mas sem perder a alta disponibilidade.

A empreitada, por outro lado, ainda tem seus problemas, sendo o custo de operação o principal deles. Musk estaria acelerando o projeto e quer colocá-lo em funcionamento completo até 2020. Essa união de fatores acabou gerando custos astronômicos para a operação e, por mais que o empreendedor tenha bolsos bem fundos, os valores ainda podem ser uma limitação, principalmente levando-se em conta que a ideia é, justamente, prover acesso aos mais carentes, que não podem pagar por isso ou, se podem, o farão com valores baixos.

Outra pedra no caminho da SpaceX é a iniciativa semelhante que vem sendo tocada por Greg Wyler, fundador da OneNet. O grupo conta com apoio de grandes empresas, como Qualcomm e Virgin, para criar uma rede proprietária de satélites para levar a internet a regiões remotas e de baixa renda. Além do financiamento, a empreitada tem outro pezinho à frente – a parceria com empresas de telecom como a RwandaTel e a O3B, com experiência em mercados bastante carentes como a África, por exemplo.

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O prazo é semelhante, assim como a forma que tudo vai funcionar, o que acaba criando um problema de concorrência desnecessária, já que não existe nenhuma ideia de lucro aqui. Para que, então, inundar esses territórios com duas redes similares? Wyler e sua turma permanecem quietos, mas para muita gente o melhor caminho para Musk seria uma união de forças.

E é justamente aí que parece estar o grande imbróglio. O fundador da SpaceX não é exatamente o tipo de pessoa que gosta de estar nos bastidores, muito pelo contrário. Sendo assim, a ideia de uma parceria em um projeto que levaria seu nome com muito destaque, mesmo que com pouco ou nenhum ganho financeiro, pode acabar não sendo a alternativa mais querida para ele, por mais que seja a de maior sentido.

Fonte: Independent