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Lucros da Samsung devem cair no terceiro trimestre

Por| 21 de Setembro de 2015 às 17h28

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BRUNO HYPOLITO / CANALTECH
BRUNO HYPOLITO / CANALTECH
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Por mais que a Samsung tente, parece que dias melhores ainda estão longe de se tornarem realidade. Novas expectativas publicadas por analistas de mercado na Coreia do Sul já pedem cautela para investidores e acionistas diante do que deve ser uma queda nos lucros no terceiro trimestre deste ano. E a “culpa”, novamente, será do setor mobile da companhia.

A expectativa não é de prejuízo, mas sim, de ganhos abaixo do esperado pela companhia. A previsão de ganhos entre julho e setembro de 2015 é de ₩$ 5,4 trilhões, o equivalente a cerca de US$ 4,5 bilhões. O faturamento, porém, deve aumentar para aproximadamente US$ 42 bilhões, no que, para especialistas, é uma prova de que os aparelhos de baixo e médio porte estão sendo muito mais atrativos para os consumidores do que as soluções de alto padrão.

E é justamente aqui que está o problema. Aparelhos mais baratos continuam sendo o principal destaque da oferta da Samsung, principalmente em mercados emergentes como a Ásia. Essa categoria de dispositivos, por outro lado, traz poucos dividendos para as fabricantes, que recebem de verdade com os aparelhos de topo de linha, que apresentam custo de fabricação mais alto, claro, mas ao mesmo tempo, margens de ganhos maiores. Por isso, mesmo com uma alta nas vendas, os lucros são menores.

Os analistas da Coreia apontam para o baixo desempenho de modelos como o Galaxy Note 5 e o S6 Edge+. Para eles, a Samsung teria repetido aqui mais um erro do passado, o de apresentar como novos modelos equipamentos com poucas diferenças em relação aos anteriores, o que teria freado os gastos dos consumidores interessados em um upgrade, uma vez que eles não veriam tanto valor assim nas novidades introduzidas.

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Os comentários ecoam ainda a afirmações feitas no primeiro semestre deste ano, quando analistas apontaram para um desacordo entre a oferta de produtos entregues pela Samsung e a demanda dos usuários. Isso teria levado, por exemplo, a uma falta de versões comuns do Galaxy S6, enquanto o mais caro Edge acabou ficando encalhado nas prateleiras de alguns lugares do mundo.

A queda no market share, um reflexo da chegada da Apple à China e da concorrência com fabricantes menores, também é citada como um fator para esse movimento. Não é exatamente uma situação complicadíssima, mas suficiente para que analistas e especialistas já comecem a sugerir cautela aos investidores na hora de aplicar dinheiro em operações da Samsung.

A companhia não se pronunciou sobre as previsões, mas de acordo com declarações anteriores, já esperava um 2015 difícil. Após passar por problemas no ano passado, perdendo muito de seu market share e vendo o Galaxy S5 sucumbir diante dos recordes obtidos pelo iPhone 6, a empresa passou por uma reestruturação, que enxugou sua oferta de smartphones. A empresa tenta, agora, voltar à velha forma, mas sabe que isso não deve acontecer de uma hora para a outra, principalmente em um mercado que se torna, ao mesmo tempo, cada vez mais agressivo e estagnado.

Fonte: Android Authority