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Uber chega a Porto Alegre até dezembro, mas já enfrenta resistência dos taxistas

Por| 10 de Novembro de 2015 às 15h43

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Em pouco mais de um ano em operação no Brasil, o Uber se prepara para lançar seu serviço em mais uma cidade. Após São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, a plataforma de corridas particulares fará sua estreia em Porto Alegre no mês de dezembro. E assim como em outras capitais, o aplicativo promete enfrentar forte resistência e possíveis protestos na capital gaúcha.

Essa foi a declaração do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, em entrevista recente ao jornal Zero Hora. De acordo com o político, o município está aberto ao diálogo com representantes da startup, mas afirmou que o Uber não será autorizado na cidade enquanto não existir uma regulamentação para o tipo de serviço oferecido pela empresa.

"Não vamos permitir que o Uber chegue em Porto Alegre fazendo o que já fez em outras cidades: entrar e operar sem um debate democrático e sem uma regulamentação. Não se pode deixar de cumprir com a lei porque novas tecnologias vão aparecendo", disse Fortunati. Ele também alegou que ainda não foi procurado pelo Uber para discutir o assunto.

Segundo o jornal, só a notícia de que o app seja lançado já em dezembro tem causado polêmica e revolta entre taxistas, já que a maioria se posiciona contra a liberação do serviço na capital do Rio Grande do Sul. "Estou aberto ao debate. Sabemos que este serviço tem prós e contras. Se houver um consenso, a legislação pode ser mudada", destacou o prefeito.

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Tanto o Sindicato de Taxistas da capital (Sintáxi) quanto a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) reagiram questionando a legalidade do serviço. "Temos uma lei que regulamenta a prestação de serviço de transporte e temos de respeitá-la. O transporte individual exige uma permissão municipal. Quem não se enquadra é considerado clandestino. Enquanto não houver uma lei que regulamente o Uber ou qualquer outro aplicativo semelhante, vamos seguir fiscalizando", declarou o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.

Já o Sintáxi é contrário à chegada do Uber a Porto Alegre. Considera que o serviço é uma "concorrência desleal". Ao mesmo tempo, a categoria se mobiliza junto à um movimento nacional para tentar proibir o Uber em todo o território nacional, não apenas nas capitais onde o serviço já funciona. Atualmente, já existe em Porto Alegre uma proposta de proibição ao Uber, condenando o transporte remunerado de veículos particulares cadastrados por aplicativos móveis.

Para lançar o serviço na capital gaúcha, o Uber está recebendo o cadastro de motoristas interessados através deste site. Inicialmente, a cidade receberá o UberX, que não conta com os famosos sedans pretos da modalidade UberBlack, mas sim com veículos mais populares e tarifas mais baratas.

Vale lembrar que outros municípios já tomaram providências contra ou a favor do Uber. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) sancionou uma lei que proibe o serviço. Enquanto isso, em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) regulamentou uma nova categoria chamada "táxi preto", que só poderá operar por meio de apps - entre eles o Uber. A nova licença para os motoristas da capital paulista pode custar até R$ 60 mil.

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Fontes: Zero Hora, G1, Baguete