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Luz de smartphones atrapalha o sono e isso tem que mudar, conclui estudo

Por| 16 de Novembro de 2015 às 10h54

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Luz de smartphones atrapalha o sono e isso tem que mudar, conclui estudo
Luz de smartphones atrapalha o sono e isso tem que mudar, conclui estudo

É cada vez mais comum ver pessoas indo para a cama com seus smartphones ou tablets, ficando horas a fio acessando redes sociais e conversando com amigos em mensageiros instantâneos até que o sono "chegue". Essa é uma prática que pode prejudicar e desregular a qualidade de sono dos indivíduos, segundo um estudo realizado pelo professor de Medicina do Sono, Paul Gringras. Segundo ele, a luz emitida pelos dispositivos eletrônicos atuais é uma das principais responsáveis por esse desregulamento.

O professor e sua equipe analisaram as emissões de luz em smartphones, tablets e e-readers. Enquanto a maioria das pessoas dependem de um equilíbrio de luz para regular seus padrões de sono, ajudados pela produção de melatonina no escuro, os displays modernos emitem uma luz azulada que suprime o hormônio e, gradualmente, nos deixa mais alertas. As telas dos smartphones estão ficando mais brilhantes e mais azuladas, o que poderia ser prejudicial para nossa saúde por falta de descanso.

Em um primeiro teste, os voluntários da pesquisa receberam óculos que bloqueiam a luz azul emitida pelos smartphones, enquanto que no segundo teste eles utilizaram um aplicativo que foi projetado para ser utilizado à noite, com a emissão de luz ajustada. Ambos se mostraram eficazes, apesar de usar óculos de proteção na cama não ser algo muito confortável. Sendo assim, os especialistas acreditam que a alternativa mais viável é a utilização de um aplicativo para inserir uma "máscara" nos dispositivos. Tais soluções já existem, no entanto os desenvolvedores têm resistência de disponibilizá-los em lojas de aplicativo como a App Store, que bloqueou esse tipo de aplicação por violar os termos da loja online.

"Uma solução mais rápida e mais defensável seria os desenvolvedores garantirem que o design dos aplicativos seja otimizado para o uso noturno", diz o relatório do estudo. "Todos os dispositivos permitem uma mudança de emissão de luz azul e verde para tons de amarelo e vermelho, bem como redução da intensidade de luz".

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Os pesquisadores admitem que pedir para que as pessoas não utilizem seus smartphones e tablets no quarto é algo que não irá gerar resultados, tendo em vista que a maioria deles são jovens e adultos que "fazem suas próprias escolhas e muitas vezes são influenciados pela pressão de outros". Caso os desenvolvedores incluam soluções automatizadas em seus produtos, os especialistas acreditam que as pessoas poderão desfrutar de uma melhor noite de sono sem ter que mudar seus hábitos.

Fonte: Engadget