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Anonymous acusam CloudFlare de proteger sites do Estado Islâmico

Por| 18 de Novembro de 2015 às 13h13

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Anonymous acusam CloudFlare de proteger sites do Estado Islâmico
Anonymous acusam CloudFlare de proteger sites do Estado Islâmico

Depois do WhatsApp e do PlayStation 4, agora é a vez do CloudFlare ser apontado como um vetor utilizado pelo Estado Islâmico para organizar atentados como os que aconteceram na última sexta-feira (13), em Paris. Por meio do Twitter, hackers do grupo Anonymous acusaram a empresa de proteger serviços utilizados pelos radicais para recrutar novos membros e treiná-los por meio da internet.

Essa, inclusive, não é a primeira vez que o CloudFlare é apontado como envolvido com o EI. O serviço funciona como uma espécie de intermediário entre os servidores originais e os usuários, mantendo sites no ar mesmo quando a infraestrutura apresenta problemas ou sob ataques de negação de serviço, por exemplo. A empresa, notoriamente, não faz análises de seus clientes, e por isso, eventualmente, acaba envolvida em polêmicas relacionadas a conteúdo de ódio e crimes, apenas para citar alguns exemplos.

Foi justamente essa a argumentação do CEO Matthew Prince, respondendo às afirmações do Anonymous. Ele admitiu que essa atitude pode não soar muito bem para os negócios e negou que o CloudFlare trabalha com o Estado Islâmico. Mesmo a existência de uma análise prévia poderia ser ineficaz uma vez que os envolvidos, normalmente, utilizam cartões de crédito roubados para assinar os serviços e fazem os cadastros sob identidades falsas.

@CloudFlare Stop Protecting #ISIS Websites We Are #Anonymous We Are Legion We Do Not Forgive We Do Not Forget Expect Us! — #OPPARIS ANONYMOUS (@OpParis_) 15 novembro 2015
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Além disso, o executivo acusou os Anonymous de hipocrisia, pois o grupo hacker também possui dezenas de sites que utilizam a rede do CloudFlare. E a mesma “proteção” que eles afirmam ser dada a eles também serve à causa hacktivista, pois a companhia é extremamente dura na análise de eventuais ordens judiciais e apenas tira sites do ar, ou entrega a identidade de seus clientes às autoridades, em último caso.

Mais do que tudo isso, Prince afirmou que, na maioria das vezes, o que os investigadores querem mesmo é que os serviços suspeitos permaneçam no ar, para que possam registrar suas atividades e tentar rastrear os usuários e administradores. Sendo assim, mais uma vez, para o CloudFlare, não se trata de proteção alguma, e sim, de mais um dia no escritório. Apesar disso, o CEO disse que a companhia cumpre todas as leis e coopera com a justiça sempre que necessário.

Fontes: Business Insider, The Register