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Regulamentação, infraestrutura e tributação são desafios para a IoT no Brasil

Por| 27 de Novembro de 2015 às 12h41

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Regulamentação, infraestrutura e tributação são desafios para a IoT no Brasil
Regulamentação, infraestrutura e tributação são desafios para a IoT no Brasil

De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Sérgio Gallindo, o Brasil tem a chance de se destacar na evolução da Internet das Coisas caso consiga vencer os enormes desafios encontrados atualmente. Gallindo abordou sobre o tema na Câmera dos Deputados nesta quinta-feira, 26, onde cobrou engajamento do governo, parlamentares e empresários.

As previsões revelam que em 2020 o mundo terá 50 bilhões de dispositivos conectados que necessitarão de infraestrutura adequada para funcionar. Políticas públicas e regulamentação, que são tarefas governamentais, precisarão acompanhar o crescimento deste mercado, especialmente no que tange a privacidade dos dados. Para Gallindo, o "brasileiro é bom de fazer software e pode liderar esse campo". Na audiência pública, o executivo também sugeriu que o país invista na produção de semicondutores simples, algo essencial para a IoT.

Para Sérgio Kern, diretor de Regulação do SindiTelebrasil, o desenvolvimento da área tecnológica pode se tornar inviável no Brasil caso não ocorra uma redução da carga tributária. "É preciso que o Brasil adote políticas para destravar os investimentos nessa área", explica. Como exemplo, Kern citou o chip para comunicação entre máquinas que já paga menos Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) e ainda assim apresenta uma baixa rentabilidade, desmotivando fabricantes e o setor que depende do produto.

Para o representante da Câmera Brasileira de Comércio Eletrônico (camera e-net), Caio Faria Lima, o Brasil necessita de regulamentação para que possa controlar os diversos negócios que possam surgir com o avanço da Internet das coisas e de outras tecnologias. Ele defende também que exista uma regra que limite o uso de dados anônimos. Marcel Leonardi, diretor de Políticas Públicas do Google, entende que também existe uma necessidade de adoção de dados abertos para garantir a interoperabilidade dos equipamentos.

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Outros diretores e executivos também defenderam a importância da Internet das coisas e de uma evolução no setor de tecnologia brasileira. "A IoT não é apenas um paradigma tecnológico, mas também social e econômico", declarou Max Leite, diretor para Internet das Coisas da Intel no Brasil. Porém, o governo acredita que sozinho não conseguirá investir nessa nova tecnologia e, por isso, existe a necessidade de adotar regras mais simples que agilizem o mercado. "Temos que aprender a regularizar a desregulamentação", defendeu o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.

Fonte: Mobile Time