Cientistas mostram que a edição de genes pode levar a curas revolucionárias
Por Joyce Macedo | 30 de Novembro de 2015 às 14h23
A técnica conhecida também como "edição de gene" usa uma enzima específica que funciona como uma espécie de tesoura genética, retirando os genes problemáticos e os substituindo por outros inteiramente funcionais. Os médicos poderiam usar a técnica para tratar a causa raiz de uma doença genética em vez de lidar com os sintomas, e, eventualmente, eliminá-lo completamente.
O exemplo mais recente da eficácia da CRISPR é um estudo que fala sobre a distrofia muscular facioscapulohumeral (FSHD). Esta doença genética faz com que as fibras musculares do rosto, ombros e braços enfraqueçam ao longo do tempo – e não há nenhuma cura conhecida. Os pesquisadores demonstraram que é possível eliminar este tipo de distrofia utilizando a CRISPR para substituir o gene ofensivo e "desligar" a condição genética.
Mas isso não significa que a técnica é livre de risco. O principal autor do estudo, Charis Himeda, aponta que enquanto eles alcançaram uma redução de 50% na expressão do gene da doença, eles ainda não sabem os efeitos que a técnica pode ter em todos os outros genes de uma célula.
Fonte: Huffington Post