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Disponibilidade da TI: redundância não é sinônimo de resiliência

Por| 30 de Novembro de 2015 às 15h15

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Disponibilidade da TI: redundância não é sinônimo de resiliência
Disponibilidade da TI: redundância não é sinônimo de resiliência

Por Rogerio Costa*

O crescimento do comércio online e mobile criou a necessidade de sistemas altamente disponíveis. Cada minuto de downtime se traduz em uma grande perda de receita. No caso do varejo, isso é ainda mais evidente em períodos de pico, como dia das mães, dia dos namorados, dia das crianças e natal. Segundo uma pesquisa do IDC, cada hora de downtime custa às organizações até US$ 100 mil.

Uma estratégia comum dos gestores de rede para aumentar a disponibilidade é a redundância. Acontece, entretanto, que a redundância não aumenta a resiliência, que é justamente a capacidade de resistir a falhas e se recuperar de eventuais adversidades. Acontece que aumentar a redundância não resolve o problema de suportar a carga –que só tem aumentado

Por que a redundância não previne falhas

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Apesar de todas as camadas de redundância, as interrupções ainda podem ocorrer, inclusive, em graus muito sérios. Isso acontece porque, apesar de haver um mecanismo de backup, ainda é preciso que haja uma maneira de se recuperar de falhas de maneira rápida e eficiente.

O investimento em redundância não impede, por exemplo, que ocorra o que é chamado de “tempestade perfeita” e derrube todo o sistema. Apesar de existirem muitas camadas, todas elas contêm falhas, que, quando alinhadas, podem permitir que um acidente ocorra.

Portanto, dedicar o budget de TI à adição de camadas de redundância não vai, necessariamente, aumentar a disponibilidade da TI. Para isso, é preciso criar uma estratégia de resiliência para oferecer resistência às adversidades e capacidade de recuperação.

Construa resiliência

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Um aspecto importante dessa estratégia deve ser o gerenciamento de ativos críticos, principalmente quando há sites remotos, como lojas de varejo ou postos de gasolina. Um sistema de gerenciamento bem projetado vai ajudar a não só reduzir o tempo de downtime, mas a reduzir os custos gerais para manter os sistemas.

Uma das dificuldades encontradas para conquistar a tão desejada resiliência é a complexidade dos sistemas atuais, que misturam infraestrutura legada híbrida, novas aplicações, capacidades de servidores virtualizados e recursos baseados na nuvem privada e pública. As redes ainda precisam suportar o volume, a velocidade e a variedade crescentes do streaming de dados de numerosas aplicações e diferentes formatos.

Para garantir o nível esperado de continuidade, seja para as operações diárias ou para eventos inesperados, é preciso ter um entendimento claro das exigências do negócio e de como os processos e fluxos de trabalho impactam a capacidade da rede para identificar a totalidade dos recursos necessários. A chave é construir um processo operacional que integre, orquestre e alinhe prioridades os objetivos da TI e os dos executivos, que costumam ser bem diferentes.

Enquanto a TI se preocupa mais em oferecer serviços sempre disponíveis, os executivos têm uma visão mais ampla do negócio e se preocupam com a capacidade de responder e minimizar o efeito de eventos que podem atrapalhar as operações e a habilidade de fazer mudanças rapidamente nos processos existentes.

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Para isso, vale dividir os esforços de resiliência em três blocos: segurança da informação e governança de dados, continuidade e recuperação de desastres e gerenciamento dos serviços de TI.

Para gerenciar serviços de TI garantindo a resiliência dos sistemas é importante o uso de dispositivos de rede de configurações flexíveis, como roteadores e switches, para adaptar rapidamente suas operações às mudanças de volume e tráfico. O SDN, por exemplo, oferece uma arquitetura flexível para configurar facilmente dispositivos de rede.

Por meio do SDN é possível ter uma visão completa e transparente do ambiente e facilmente otimizar o uso de vários componentes da rede, como switches físicos e roteadores. As redes definidas por software dão suporte ao movimento dinâmico de cargas de trabalho, evitando assim a sobreposição de virtualização de rede.

*Rogerio Costa é CEO da Broadtec.