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Como montar um computador para usar o Oculus Rift sem problemas

Por| 12 de Janeiro de 2016 às 14h19

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Como montar um computador para usar o Oculus Rift sem problemas
Como montar um computador para usar o Oculus Rift sem problemas

A pré-venda do badalado Oculus Rift finalmente começou e está levando muita gente a pensar se seus computadores suportarão os óculos de realidade virtual da Oculus VR. Como se não bastasse os salgados US$ 599 cobrados pelo aparelho, a preocupação com a configuração do PC é algo real, já que ele exige no mínimo um processador Intel Core i5-4990, placa de vídeo GeForce GTX 970 e 8 GB de memória RAM. Além disso, o computador precisa dispor de uma entrada HDMI 1.3 e duas portas USB 3.0.

Esse conjunto de exigências foi suficiente para fazer muita gente começar a procurar por novas peças, seja para atualizar o PC atual ou começar a montar um novo do zero. Se você é uma dessas pessoas que não veem a hora da realidade virtual estrear com força e quer estar com tudo pronto para a chegada do Rift, nós preparamos um guia para lhe ajudar a decidir quais peças escolher levando em consideração tempo de vida útil, possibilidade de atualização e principalmente custo-benefício.

O preço e exigências para rodar o Oculus Rift de maneira satisfatória são assim mesmo, de deixar qualquer um de queixo caído (Imagem: Reprodução / Oculus VR)

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Vale reforçar que o que é apresentado aqui são sugestões. Nos baseamos nas exigências mínimas divulgadas pela Oculus VR, mas isso não significa necessariamente que você terá que adquirir todos os componentes sugeridos a não ser que seu computador já tenha bastante tempo de estrada e já não aguente mais o tranco. Em alguns casos, pode ser que apenas a substituição de uma ou outra peça (você pode avaliar a compatibilidade das atuais aqui) seja necessária afim de poupar dinheiro para investir no Rift, cujo preço no Brasil ainda não foi divulgado.

Tudo começa pelo gabinete

Pouca gente dá a devida importância ao gabinete, um dos itens mais importantes na hora de montar um computador. Para montar uma máquina pronta para a realidade virtual, temos que pensar no futuro e em atualizações, portanto um gabinete grande e espaçoso é obrigatório.

Além do espaço para expansão, esses gabinetes maiores geralmente vêm com mais locais destinados à instalação de ventoinhas, essenciais para manter tudo resfriado e funcionando dentro dos conformes. Afinal de contas, é quase certo que tanto o Oculus Rift quanto o HTC Vive exigirão bastante dos componentes, elevando a temperatura de operação do PC. Sem um sistema de resfriamento minimamente eficiente, tudo irá para o espaço em pouquíssimo tempo.

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Também é importante levar em consideração o tipo de placa-mãe suportada pelo gabinete. Embora os mais atuais venham com suporte a vários padrões, é bom ficar de olho se a placa é ATX, Mini ATX, Micro ATX, E-ATX ou SSI CEB e se os furos no gabinete dão suporte a ela.

O modelo Soource 530 da NZXT é um dos Full Tower mais em conta da atualidade no Brasil (Imagem: Reprodução)

Levando isso em consideração, procure por gabinetes Full Tower e tenha cuidado para não se assustar com os primeiros preços que vir. Há opções bastante caras, como o Corsair Obsidian 900d, que custa em torno de R$ 1.700; e que podem espantar muita gente. Isso pode ser facilmente contornado ao buscar por marcas menos populares e que cujo nome não pesa tanto no valor final do produto. É o caso do Core V71 da Thermaltake e do Source 530 da NZXT, que podem ser encontrados por aproximadamente R$ 870 e R$ 550, respectivamente.

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Apesar da diferença de preço, todas as opções fornecem pelo menos 8 slots de expansão e pelo menos três pontos para instalação de refrigeração.

A placa de vídeo e a facada

Um dos fatores que levarão muita gente a abandonar os planos de adquirir óculos de realidade virtual certamente é o alto valor de investimento em uma placa de vídeo. Basta levar em consideração o mínimo exigido pelo Rift: ou uma GTX 970 ou uma R9 290. Infelizmente, no Brasil não tem para onde correr e o valor desses modelos é bastante salgado — e ainda há quem acredite que o ideal é ter duas delas trabalhando paralelamente para uma melhor experiência.

Começando pelo modelo da AMD, é possível encontrar modelos da R9 290 por preços que variam de R$ 1.550 (MSI Radeon R9 290 Gaming 4G) a R$ 2.200 (Sapphire Radeon R9 290X Tri-X) à vista dependendo da fabricante. Atente apenas para o fato de que o ideal é que ela tenha 4 GB de memória DDR5 e sua interface seja de 512-bit.

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Se os preços dos modelos da AMD não são atraentes, os da Nvidia é que assustam de verdade. Dependendo da fabricante, é possível encontrar um modelo com 4 GB de memória DDR5 e interface de 256-bit (suficientes no caso das GeForce) custando entre R$ 1.750 (Gigabyte Geforce Gtx 970 Mini Itx) e R$ 4.600 (Asus STRIX-GTX 980 TI).

Investir em uma STRIX-GTX 980 TI é garantia de que não haverá necessidade de trocar de placa de vídeo tão cedo. Modelo top está muito acima do mínimo exigido para suportar o Oculus Rift (Imagem: Reprodução / Peperaio Hardware)

No fim das contas, essa é uma escolha que envolve principalmente quanto tempo pretende permanecer com a placa e principalmente a quantidade de dinheiro disponível para investir. Afinal de contas, quanto mais top for o modelo, mais tempo você levará para atualizá-lo e, consequentemente, fazer um novo investimento.

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Dobradinha processador + placa-mãe: o centro de tudo

Pois bem, agora que você já decidiu qual será o gabinete e a placa de vídeo do seu PC para realidade virtual, é chegada a hora de pensar no que há de mais importante em toda essa equação: o processador e a placa-mãe. Quem já montou pelo menos um computador por conta própria sabe que essa é uma decisão que deve ser tomada em conjunto, pois o modelo da placa-mãe está diretamente atrelado à escolha do processador.

Como a Oculus VR recomendou a utilização de pelo menos um Core i5-4590, nossas opções já se restringem apenas aos modelos que suportam o chip da Intel. Contudo, se ela indicasse a utilização de algum processador AMD, teríamos que explorar um mundo totalmente diferente — o que não é o caso, ainda bem.

Partindo desse princípio, podemos optar pelo modelo mais básico sugerido pela fabricante do Rift, um Core i5-4590 que pode ser encontrado por a partir de R$ 1.059 à vista no Brasil. Quem quiser investir um pouco mais para não passar sufoco e não ter que trocar de chip tão cedo, também há opções como o Core i5-4690K e o Core i7-4790K, que podem ser encontrados por a partir de R$ 1.310 e 1.899, respectivamente, à vista.

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As três opções listadas acima trabalham com soquete LGA 1150, e essa é a informação mais importante para a hora de comprar uma placa-mãe compatível. Sempre se certifique de que o soquete corresponde e depois observe as demais características para avaliar se elas atendem às suas necessidades. Assim como as placas de vídeo, aqui as opções são inúmeras e depende muito do quanto você tem para investir, já que os preços variam bastante. Apenas tome cuidado para não optar pelos modelos mais básicos, que normalmente empregam componentes ordinários e podem acabar comprometendo o desempenho geral do sistema - o infame gargalo.

Atente para a quantidade de slots de memória disponíveis, já que o mínimo exigido pelo Oculus Rift é de 8 GB. Quanto a esse aspecto, o ideal é que a placa tenha 4 slots para que você possa expandi-la para até 32 GB no futuro. Também preste atenção quais tipos de memória RAM são suportadas para não errar na hora de comprar os pentes de memória e ficar na mão. Outro ponto de suma importância é se há slot para o tipo de conector exigido pela sua placa de vídeo — atualmente, as placas mais modernas usam PCI Express 3.0 x16, mas nunca é demais atentar para esse aspecto. Por fim, perceba que o Rift exige duas entradas USB 3.0, portanto o ideal é que a placa-mãe disponha de pelo menos três conectores desse tipo.

Depois de todas essas dicas, cabe a você escolher a placa-mãe que mais atende às suas necessidades e cabe no seu bolso. Um dos modelos mais interessantes é o Z97 Extreme 4 da ASRock, que pode ser encontrado online por a partir de R$ 920 à vista. O modelo Z97-K da ASUS é uma alternativa mais em conta, saindo por a partir de R$ 785 à vista online.

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A Maximus VII Ranger da Asus é um modelo intermediário superior com soquete LGA 1150 de preço acessível (Imagem: Reprodução)

Quem quiser investir um pouco mais para não se preocupar com o futuro, os modelos Maximus VII Ranger Box e Maximus VII Formula da ASUS podem ser adquiridos por a partir de R$ 1.330 e R$ 2.210 à vista.

Agora se dinheiro não é nenhum problema e você quer chegar estourando a boca do balão, nós também temos uma recomendação para você. A dobradinha Core i7-5960X (soquete LGA 2011-V3) e ASUS Rampage V Extreme sai por módicos R$ 11.200 e coloca à disposição de qualquer pessoa o que há de mais recente no mercado. Quem desembolsar essa pequena fortuna leva para casa o processador mais potente que se pode comprar para um PC doméstico — ao todo, ele traz consigo oito núcleos reais, 20 MB de cache L3 e hyperthreading para emular até 16 threads. Quanto à placa-mãe, ela suporta até quatro placas de vídeo em paralelo, traz portas USB 3.1 e quatro slots para memória DDR4 — configuração de sobra para rodar qualquer jogo existente.

Fechando o pacote

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É claro que um computador não se monta apenas com essas peças. Contudo, o que há de mais importante para uma máquina apta a suportar o Oculus Rift está aí, faltando apenas alguns componentes que podem variar bastante dependendo das suas escolhas.

No momento da compra, pergunte ao consultor qual a melhor opção de fonte disponível para os componentes que você está levando para casa. Isso pode variar bastante dependendo de quanta energia eles exigirão para funcionar, mas geralmente um modelo como a Corsair CX-500 ou superior dá conta do recado.

Outro item que merece atenção são as ventoinhas que serão utilizadas para refrigerar o interior do gabinete. Alguns modelos de gabinete já trazem uma ou duas ventoinhas, mas nem de longe elas resfriam o sistema da melhor forma possível. Nesse caso uma boa opção é o Cooler Master Hyper 212 EVO, suficiente para manter tudo nos conformes mesmo quando a realidade virtual estiver exigindo o máximo do computador. Uma alternativa mais robusta é o DeepCool Storm Captain 360, capaz de refrigerar máquinas com processadores como o Core i7-5960X tranquilamente — ideal para quem se empolga com a ideia de overclocking.

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O DeepCool Storm Captain 360 é a solução definitiva de resfriamento se você estiver buscando algo para não se preocupar por um bom tempo. Sistema de ventoinhas é tão eficiente que abre espaço para a prática do overclocking (Imagem: Reprodução)

Já falamos da memória RAM, então basta recapitular o seguinte: certifique-se de que o modelo da placa-mãe escolhida suportará o barramento da memória. Outra dica importante é que você não precisa despejar uma fortuna em memória RAM, sobretudo por causa de marca, pois, na prática, a diferença de desempenho de uma Kingston é apenas ligeiramente superior a um modelo genérico.

Por fim, não se esqueça do dispositivo de armazenamento da sua máquina. Atualmente, podemos escolher tanto entre disco rígido quanto SSDs. Dependendo de quanto dinheiro sobrar depois de toda essa gastança, talvez você queira optar por algo mais em conta como um disco rígido SATA comum ao invés de um SSD, que custa bem mais. Em todo caso, esse não é um item determinante para o desempenho de um jogo ou aplicação em realidade virtual, então tente poupar um pouco nesse quesito.

Agora que você já escolheu seus componentes e foi para a ponta do lápis, em quanto ficou sua conta de gastos? Teve um susto e caiu para trás? Pois é, a realidade virtual está chegando por aí, mas ao que tudo indica inicialmente será algo restrito para quem realmente tem bala na agulha. Para quem não tem tanta grana assim, só resta torcer para que um dia isso se popularize e possamos todos desfrutar desse novo mundo cheio de possibilidades que está chegando neste ano.