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De olho na Oculus, Google vai entrar na disputa do mercado de realidade virtual

Por| 13 de Janeiro de 2016 às 13h20

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Se 2014 foi o ano das TVs 4K e 2015 dos smartwatches, 2016 promete ser o ano em que a realidade virtual tomará conta do mercado. Samsung, Valve, Facebook (com a Oculus VR), Microsoft e Sony são algumas das empresas que já estão investindo no setor. Agora, o Google também deve se posicionar como uma forte concorrente com a criação de uma divisão específica para trabalhar com a tecnologia.

Como informa o site Recode, fontes familiarizadas com o assunto disseram que o CEO da companhia, Sundar Pichai, moveu um importante executivo para essa nova divisão: Clay Bavor, vice-presidente de gestão produtos — entre eles apps como Gmail, Drive e Docs. Em seu lugar entra Diane Greene, que até então era vice-presidente sênior dos negócios de cloud computing da gigante das buscas.

Bavor não foi escolhido por um acaso para o novo cargo. Ele é um dos responsáveis pelo Cardboard, o "dispositivo" de realidade virtual apresentado pela corporação em 2014, durante a Google I/O. Bavor também apresentou na conferência do ano passado uma integração do acessório com as câmeras GoPro, que permite, entre outras funções, levar a tecnologia de realidade virtual diretamente para vídeos do YouTube.

Para quem não se lembra, o Cardboard consiste em um "gadget" feito de papelão com duas lentes especiais que usam a tela do celular para você assistir a vídeos em realidade virtual. O "aparelho" é montado em apenas três passos e tem suporte para telefones com telas a partir das 5 polegadas. Também existe um app oficial para Android e iOS, além de um kit de desenvolvimento (à venda no site do Google) para que usuários e profissionais possam criar novas aplicações.

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Embora o Google não especifique as razões que levaram a empresa a investir nesse setor, tudo indica que a realidade virtual é foco de um investimento a longo prazo da companhia. O Recode afirma que "várias pessoas na indústria" têm questionado a dedicação do Google para com sua plataforma (o Cardboard), que estaria disposta a entrar de vez nesse mercado. Isso porque a entidade percebeu o sucesso do Cardboard e agora quer transformá-lo em algo verdadeiramente lucrativo.

As fontes também disseram que Bavor passou mais tempo trabalhando com o Cardboard do que com os produtos ligados à sua antiga função envolvendo aplicativos. Logo, é de se imaginar que mais pessoas estejam envolvidas em futuros projetos relacionados à realidade virtual. Para efeito de comparação, o Facebook tem 400 funcionários trabalhando no Oculus Rift.

No entanto, o Google estaria dando um passo de cada vez e agindo com muito mais cautela para evitar possíveis fracassos. Neste caso, estamos falando do Google Glass, que apesar de ter causado um grande rebuliço logo quando foi anunciado, não manteve a empolgação nos meses seguintes e acabou cancelado — pelo menos por enquanto. Resta saber o que a companhia está preparando, e o palco de futuras novidades pode ser a Google I/O 2016, que acontece entre 18 e 20 de maio.

Fonte: Recode