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Opinião: o que esperar dos smartphones top de linha de 2016?

Por| 19 de Janeiro de 2016 às 15h08

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Opinião: o que esperar dos smartphones top de linha de 2016?
Opinião: o que esperar dos smartphones top de linha de 2016?

Com o fim da Consumer Electronics Show (CES) deste ano, o próximo grande evento de tecnologia é a Mobile World Congress 2016, principal feira de smartphones do mundo. Grandes fabricantes anunciam seus novos produtos na MWC (ou alguns dias antes, no caso da Samsung), em especial os tops de linha. O que tem acontecido até então é o seguinte: a Samsung anuncia seu novo Galaxy S (no caso, o Galaxy S7), e a LG anuncia seu novo LG G poucas semanas depois, e em pouco tempo ambos desembarcam no Brasil.

Não incluímos a Sony nessa lista pois não tivemos o lançamento de um novo Xperia Z na MWC 2015, mas sim algum tempo depois, e nem a HTC, já que a empresa saiu do Brasil há alguns anos, para a tristeza de muitos usuários. De qualquer forma, os quatro grandes tops de linha serão lançados no primeiro semestre deste ano, numa espécie de convenção do mercado que tem sido seguida à risca há um bom tempo. Isso levanta uma discussão importante: o que eles devem trazer para atrair a atenção do usuário? O mercado de smartphones está lentamente entrando em processo de saturação, com usuários trocando de modelos com cada vez menos frequência, o que exige um trabalho extra por parte dos fabricantes.

Samsung Galaxy S7

Curiosamente, a maior parte dos rumores sobre o S7 giram em torno do retorno do suporte ao cartão SD. Depois de uma rejeição considerável por parte dos usuários quando a Samsung removeu o slot no Galaxy S6, algo que a empresa com certeza tentou copiar da Apple (como se fosse um recurso!), há uma grande chance de ele voltar no Galaxy S7. Ou seja: cria-se o problema, resolve-se o problema e, pronto, temos um novo recurso.

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O resto da lista inclui os upgrades de sempre, comuns em uma nova versão. Processador mais potente (no caso, o Exynos 8 com seus núcleos M1 ou o Snapdragon 820, que já exploramos aqui no Canaltech), uma nova geração de tela Super AMOLED, sem o menor sinal de aumentar a resolução para o 4K (ainda bem, por sinal) e uma nova câmera. Este último item talvez seja o que apresente maior mudança, já que a Samsung sempre se destacou nesse ponto, equipando sua linha Galaxy S com os melhores sensores disponíveis.

Existem alguns outros detalhes importantes, como uma grande possibilidade de o S7 usar o conector USB tipo C, o que pode significar uma transição de todos os fabricantes na mesma direção. Já há alguns modelos com esse suporte atualmente, caso do OnePlus 2 e os Nexus 5X e 6P, indicando que é esse o caminho que o Android seguirá daqui para frente. Porém, nada sobre a autonomia de bateria do aparelho, ou sobre a sua capacidade (alguns rumores apontem para 2800 mAh, mas nada confirmado), o que é um problema, já que se fosse uma autonomia considerável, com certeza algo já teria aparecido.

Ainda há um mistério sobre o que a Samsung fará com sua tela curva nas versões Edge, quais serão as mudanças em relação à “primeira geração” (Galaxy S6 Edge e S6 Edge+), considerando que o Galaxy Note Edge surgiu mais como um beta do que como um produto final. Ou mesmo o "3D Touch da Samsung", praticamente já confirmado (afinal, a Apple tem, então a Samsung deve ter também). Há uma grande chance de vermos recursos realmente úteis, que agreguem mais valor a suas funções do que no visual, mas teremos que esperar para ver.

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LG G5

Dos rumores que encontramos, o que mais nos chamou a atenção é o foco na modularização do LG G5 do que em suas especificações. Está praticamente confirmado que ele vai trazer o chip Snapdragon 820, tela Quad-HD, nova câmera e afins. Ok, só que a LG tem uma oportunidade realmente bacana com essa modularização, saindo da estratégia de sempre focar em smartphones cada vez mais inutilmente finos, em uma “síndrome de underdog” seguindo a sombra da Apple, como a Samsung faz, independentemente dos comprometimentos no caminho.

Pois bem, esperamos que este ano a LG encare a Samsung de frente, anunciando o LG G5 como um verdadeiro concorrente do Galaxy S7, e não um “produto-resposta” a ele. Foi o que aconteceu com o G3 e o G4, que chegaram como concorrentes dos Galaxy S5 e S6, respectivamente, mas de forma defensiva. Dependendo do que a LG fará com uma estrutura modular, 2016 pode ser o ano em que a empresa realmente compartilhe o pódio de melhor smartphone Android do ano, mas, novamente, teremos que esperar para ver. De qualquer forma, nos parece algo mais inovador do que a Samsung está planejando.

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Sony Xperia Z6 (e Z7, e Z8…)

Sendo bastante sinceros, a Sony anda bem perdidinha nos últimos anos. Depois do lançamento do Xperia Z3 (que é um Xperia Z2 sem os problemas), os lançamentos seguintes foram, para dizer o mínimo, desnecessários. Foi o caso do Xperia Z4 (chamado Z3+ no Brasil), que é praticamente um Xperia Z3 com 32 GB de armazenamento, sem grandes destaques, a Sony lançou o Xperia Z5 pouquíssimos meses depois, com, basicamente, uma câmera melhor. E, claro, o Xperia Z5 Premium, o primeiro smartphone do mundo com tela 4K, seja lá por qual motivo.

Pois bem, o que a Sony planeja no seu próximo top de linha? O único ponto em que a empresa tem se destacado ultimamente é na qualidade da câmera. E preços altos, já que a própria empresa já anunciou que não irá mais trabalhar com smartphones baratos. Aparentemente, só teremos uma nova câmera, novo SoC (Snapdragon 820) e...mais o que? E quanto tempo a Sony demorará para lançar o modelo seguinte, mantendo essa estratégia estranha de lançar um top de linha a cada 6 meses (ou menos)?

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Conclusão

O mercado de smartphones está cada vez menos aquecido. Isso é um fato, já que usuários estão trocando de aparelho com cada vez menos frequência. Isso cria um desconforto considerável para os fabricantes, que passam a contar com cada vez menos usuários que trocam de smartphones apenas para ter o modelo mais atual. É uma mudança interessante de mercado, já que os fabricantes devem convencer o usuário que vale a pena comprar o modelo mais atual, que deve trazer, obrigatoriamente, recursos que realmente tenham valor para o comprador.

Dos três tops de linha que costumam vir para o Brasil, o G5 é que mais promete recursos realmente inovadores, saindo da estratégia de sempre de fazer alguns upgrades aqui e ali, aumentar o preço, e investir em um marketing pesado para convencer o consumidor sobre as vantagens de um produto, que não convence naturalmente por suas características. Aliás, no Brasil esse convencimento tem que ser ainda maior, já que o dólar alto e o fim da isenção de impostos tornam os preços dos tops de linha proibitivos.

E você, usuário, o que espera da nova geração de tops de linha? Conte para nós nos comentários!

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Fontes de rumores: Samsung Galaxy S7, LG G5, Sony Xperia Z6