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Netflix duvida que bloqueio de VPN vai afetar número de assinantes

Por| 20 de Janeiro de 2016 às 16h02

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Foto: Reprodução
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Apesar de muita gente ter torcido o nariz para a decisão da Netflix de barrar o acesso de usuários que usavam VPN e mudança de proxy para acessar o catálogo do serviço em outros países, a empresa duvida que essa mudança em sua política e a consequente reação dos usuários vai trazer algum tipo de impacto negativo no número de assinantes. Tanto que, para o CEO da empresa, Reed Hastings, essa é uma questão que não o preocupa — principalmente após o anúncio de que a companhia já tem mais de 75 milhões de usuários em todo o mundo.

Em uma reunião com acionistas para apresentar os resultados do último trimestre, Hastings comentou um pouco mais sobre a polêmica decisão da companhia de barrar usuários que usassem algum tipo de rede privada virtual para navegar na biblioteca de outros países e disse duvidar que isso vá afetar o número de assinaturas de alguma forma, já que o bloqueio de proxies sempre ocorreu e o que foi feito na última semana foi apenas um reforço disso.

Segundo o executivo, apesar de muita gente dizer que o bloqueio foi feito como uma forma de satisfazer o interesse das distribuidoras, e verdade é que as reivindicações dos proprietários de conteúdo é legítima e toda a questão de licenciamento envolvida é algo que não pode ser ignorada. Como ele explica, se um material é licenciado pela Netflix no Canadá, não é justo que pessoas fora do país tenham acesso a algo que foi pago apenas para aquela região. E, por mais que seja uma explicação bem mediana, é convincente levando em conta toda a questão legal envolvendo a liberação desses conteúdos e as negociações envolvidas com as distribuidoras.

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Ainda assim, isso não acalma os ânimos de usuários das regiões nas quais a plataforma chegou há pouco tempo. Países como Portugal, Coreia do Sul, Israel e o próprio Reino Unido já demonstraram insatisfação com o catálogo limitado e a falta de opções em relação àquilo que o serviço oferece nos Estados Unidos. O único porém é que, nos EUA, a base de usuários é bem maior — o que ajuda no licenciamento de produtos mais caros — e a plataforma já está disponível a bem mais tempo. De qualquer forma, a crítica dos assinantes é compreensível, principalmente quando passamos pela mesma coisa no Brasil quando a companhia chegou por aqui.

Reed Hasting prometeu, portanto, trabalhar para diminuir essa disparidade entre os licenciamentos globais a fim de tornar a coisa um pouco mais uniforme e disse duvidar que os usuários inconformados com as novas restrições vão debandar para a pirataria, uma vez que eles estão satisfeitos por pagar por algo de qualidade e com a praticidade da Netflix.

Fonte: Wired