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Facebook lança campanha de combate ao discurso de ódio na internet

Por| 20 de Janeiro de 2016 às 14h21

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O Facebook sabe que muito daquilo que é postado na plataforma é composto por palavras ofensivas e que só incentivam a discórdia na rede social. Por conta disso, a empresa lançou nesta semana a "Iniciativa por Coragem Civil On-line", uma campanha europeia de combate ao discurso de ódio e extremismos no ambiente digital.

Com base em Berlim, na Alemanha, a iniciativa foi organizada por Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, em conjunto com o Centro Internacional para Estudos de Radicalização da Violência Política, do Instituto Estratégico de Diálogo e da Fundação Amadeu Antonio.

"No último ano, vimos milhões de pessoas que se reúnem para apoiar os refugiados sendo solidárias com as vítimas dos ataques terroristas. Mas também vimos crescer o número de mensagens de ódio [na rede social]", destacou Sandberg. "Com o extremismo danificando vidas e sociedades mundo afora, desafiar tais vozes nunca foi tão importante. O discurso do ódio não tem lugar online, nem na sociedade. Juntos, podemos garantir que as vozes da paz, da verdade e da tolerância sejam ouvidas. O amor é mais forte do que o ódio", completou.

Inicialmente, o programa contará com investimento de um milhão de euros, e parte desse valor será destinada a organizações não-governamentais que combatem publicações de cunho racista e xenófobo no site de Mark Zuckerberg. Também serão chamados especialistas para ajudar no desenvolvimento de ferramentas e soluções para potencializar o objetivo da campanha, que além dos usuários tradicionais, tem um foco especial nos refugiados vindos de outros países, entre eles a Síria.

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De acordo com Sandberg, denunciar conteúdos ofensivos não vai erradicar o ódio por completo, mas que projetos como esse lançado agora pelo Facebook são fundamentais para criar um campo de debate e conscientização. "Precisamos de vozes de tolerância e amor para atingir o mundo, pois o melhor remédio para discursos de ódio é ampliar a discussão", disse.

Os termos de uso do Facebook proíbem postagens de intimidação, assédio e ameaças, mas não é muito difícil encontrar mensagens dessa natureza, o que indica que a companhia não amplica suas regras de maneira apropriada. Na Alemanha, esse tipo de discriminação se tornou comum nos últimos meses com o aumento dos comentários contrários a estrangeiros no Facebook e em outras redes sociais. Só no ano passado, o país recebeu 1,1 milhão de novos migrantes, que tiveram de deixaram suas casas para fugir de guerras e outros conflitos locais.

Fonte: Business Insider