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Rumor: Google quer ter controle total sobre smartphones da linha Nexus

Por| 02 de Fevereiro de 2016 às 09h22

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Rumor: Google quer ter controle total sobre smartphones da linha Nexus
Rumor: Google quer ter controle total sobre smartphones da linha Nexus
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Quem opta por um dispositivo da família Android certamente concorda que os aparelhos da linha Nexus figuram entre as melhores opções equipadas com o sistema do robô verde. Até então, todos os smartphones da categoria não foram fabricados pelo Google, mas sim por empresas parceiras, como LG, Motorola e Huawei. Só que isso está prestes a mudar, já que um novo rumor indica que a gigante das buscas está considerando ter um controle maior sobre a produção desses gadgets. É o que diz uma reportagem do site The Information.

De acordo com a publicação, Sundar Pichai, presidente do Google, e outros executivos da empresa já iniciaram discussões sobre como a companhia pode ser mais participativa nas linhas de fabricação dos celulares Nexus. A ideia seria igualar os aparelhos ao que o iPhone é atualmente para a Apple, que por sua vez controla todos os processos envolvendo o produto, desde o design até o marketing e a produção.

Outra possibilidade avaliada pelo Google ao obter mais controle sobre os smartphones Nexus é tentar reduzir a fragmentação do sistema operacional. Aqui, a empresa ofereceria um dispositivo high-end e com atualizações constantes, como acontece atualmente, e sem ter que esperar que outras fabricantes adaptem à plataforma para futuros updates. Como o Google ficaria responsável pelo software e hardware dos aparelhos, a liberação desses patches seria ainda mais rápida, permitindo que os usuários forneçam um feedback com mais frequência - assim como acontece com o iOS no iPhone.

Além disso, a decisão da empresa de Mountain View pode estar relacionada à forma como os telefones Nexus são vendidos. A começar pela falta de campanhas promovendo o produto: praticamente todas elas são veiculadas apenas na internet e as fabricantes parceiras (LG, Motorola, entre outras) também não se esforçam muito para alavancar as vendas desses aparelhos, que já são baixas.

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Isso sem contar que as mesmas fabricantes não se preocupam tanto em levar os smartphones Nexus o mais rápido possível para outros países fora dos Estados Unidos. No Brasil, por exemplo, o Nexus 6P, lançado no segundo semestre do ano passado, só foi homologado agora pela Anatel e mesmo assim não há uma previsão de quando o dispositivo chegará às lojas - isso se chegar. Em outras situações, alguns modelos sequer foram comercializados em território nacional, como é o caso do Nexus 6, fabricado pela Motorola.

Estratégia necessária

Talvez, o que mais pode ter pesado nessa possível decisão do Google em controlar totalmente a linha Nexus é a mudança de foco de sua concorrente, a Apple, que recentemente começou a investir bem mais em serviços online por conta de uma desaceleração nas vendas do iPhone - a primeira em 13 anos. Esse é o setor que mais gera lucros ao Google, então faz todo o sentido a empresa querer ter mais autonomia na fabricação dos Nexus para cobrir essa fatia que pode ser roubada pelos serviços lançados pela Maçã no iPhone.

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Claro, isso não quer dizer que o Google deixará de investir em serviços próprios disponíveis na concorrência. Basta tomar como exemplo a notícia de que a companhia pagou à Apple o equivalente a US$ 1 bilhão para continuar sendo o buscador padrão no iOS.

O que podemos concluir é que o Google quer alcançar um nicho que hoje é dominado pelo iPhone, e para alcançar esse objetivo a ideia é competir com o aparelho da empresa de Cupertino ao lançar um smartphone Android com software e hardware totalmente (ou quase isso) fabricados pelo próprio Google. Também é preciso levar em consideração que os dispositivos da família Nexus sempre souberam aliar custo e benefício ao oferecer preços bem competitivos no mercado. O Nexus 6P, fabricado pela Huawei, sai por US$ 499 lá fora.

Em todo o caso, não seria nada surpreendente o Google apostar nessas estratégias futuramente, uma vez que a companhia gosta de correr riscos. Vamos aguardar.

Fonte: Ars Technica via The Information