Twitter precisa apresentar resultados positivos para acalmar investidores
Por Anderson Nascimento | 10 de Fevereiro de 2016 às 16h38
Os últimos resultados do Twitter aumentaram a pressão para que a rede social divulgue números positivos nesta quarta-feira (10) com o objetivo de voltar a acalmar os ânimos dos investidores e acionistas. As ações do Twitter perderam mais de dois terços de seu valor nos últimos 12 meses, que formam o período mais crítico de toda a história do microblog.
De acordo com o analista James Cordwell, da Atlantic Equities, "no mercado atual qualquer sinal de perspectiva fraca será duramente punida". Além do caso do Twitter, isso ficou claro também depois da fraca receita apresentada pelo LinkedIn e pela empresa de análise de negócios Tableau Software.
No terceiro trimestre de 2015, o Twitter divulgou um crescimento de 11% na sua base de usuários ativos. Apesar de parecer positivo, o resultado é o crescimento mais lento da companhia desde que ela abriu seu capital na bolsa de valores em 2013. Para conseguir conquistar novos usuários e manter aqueles que utilizam a rede social, o Twitter tem apresentado novos recursos, como o Moments, que categoriza o conteúdo do microblog e destaca os tweets mais relevantes. O problema é que essa mudanças não estão apresentando resultados convincentes, de acordo com analistas.
A partir de hoje, a aposta do Twitter é a nova timeline, com algoritmo que deverá reordenar os tweets e fazer com que a rede social se pareça mais com o Facebook. Desse modo, os executivos do Twitter acreditam que os usuários se sentirão mais atraídos a se manterem na rede social por visualizarem conteúdo que realmente os irão interessar. Muitos usuários, no entanto, criticaram duramente o plano da empresa. Muitos expressaram sua indignação com a hashtag #RIPTwitter, que alcançou os Trends Topics neste final de semana nos Estados Unidos.
A expectativa dos analistas é que o Twitter divulgue lucro de 0,12 dólar por ação, com receita de US$ 709,9 milhões referente ao último trimestre.
Fonte: Reuters