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Smartphones e tablets estão assumindo a posição da TV na sala de estar

Por| 11 de Fevereiro de 2016 às 14h24

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Divulgação
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Um estudo intitulado Real_Living entrevistou 10.050 britânicos e descobriu que 70% deles costuma utilizar um dispositivo móvel enquanto assistem TV. Este percentual sobe para 87% entre os jovens com idade entre 16 e 34 anos, com picos de uso multidispositivo entre 18h e 21h. Apenas 50% dos entrevistados disseram que o aparelho de TV é o ponto focal da sua sala de estar.

Enquanto assistem a programas de TV, mais de um terço (34%) das pessoas verifica seus e-mails, 31% troca mensagens instantâneas ou de texto e 25% frequentam lojas online. Para o Internet Advertising Bureau (IAB) do Reino Unido, responsável pela pesquisa, a cultura de segunda tela está tão enraizada que todas as telas agora são iguais e não há hierarquia, apenas a fragmentação da atenção do espectador.

Situação no Brasil

Por aqui, a maioria das pessoas que assistem TV também usam uma segunda tela digital para fazer outras atividades simultaneamente. No final do ano passado, uma pesquisa mostrou que cerca de 75% dos espectadores de TV com idade entre 14 e 55 anos realizam outras atividades enquanto assistem à programação. O uso mais comum dos brasileiros para dispositivos móveis na frente da TV é para envio de mensagens de texto (61%).

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Na ocasião, mais da metade dos telespectadores também relatou a realização de pesquisas na internet e uso de redes sociais enquanto assiste à TV. Apenas 18% dos entrevistados disseram realizar atividades offline ao mesmo tempo em que assistem seus programas.

O Carnaval 2016 é um exemplo recente de como as pessoas têm usado seus smartphones e tablets para comentar aquilo que assistem na TV. Mais de 85 milhões de usuários do Facebook compartilharam postagens sobre o Carnaval no mundo todo. Do dia 5 ao dia 9 foram realizadas mais de 540 milhões de interações (publicações, curtidas, compartilhamentos e comentários). Ao todo, 49 milhões de brasileiros responderam por mais de 420 milhões de interações na rede social durante o período.

Cerca de 90% deles acessaram o Facebook por meio de smartphones. Os dispositivos móveis tornaram-se também a segunda tela para acompanhar os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. As mais comentadas foram Salgueiro, a campeã Mangueira, Portela, Beija-Flor de Nilópolis e Unidos de Vila Isabel, respectivamente.

A TV vai se aposentar?

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"O entretenimento é apenas uma pequena parte da atividade de mídia da sala de estar. Agora ela é um espaço multifuncional onde as pessoas transitam entre atividades individuais e em grupo, seja ela comprar, usar mídias sociais, verificar e-mails, trabalhar ou enviar mensagens", disse Tim Elkington, diretor de estratégia da IAB UK.

Elkington defende que os dispositivos conectados mudaram a sala de estar e vão continuar a fazê-lo, e os anunciantes devem planejar para a sala de estar de amanhã. "É preciso repensar sobre como comandar a atenção na sala de estar, porque a oportunidade de fazê-lo está muito mais limitada, fragmentada e competitiva do que nunca".

Em relação a isto, o o Interactive Advertising Bureau (IAB) Brasil, já advertiu que as redes sociais assumiram o lugar de segunda mídia mais importante do país, perdendo apenas para a TV. Em 2014 foram investidos R$ 8,3 bilhões e em 2015 R$ 9,5 bilhões.

Já para Matt Hill, diretor de pesquisa e planejamento da empresa Thinkbox, a situação não indica uma substituição do televisor por smartphones ou tablets. Ele acredita que as pessoas sempre fizeram outras coisas enquanto assistiam TV, e continuarão fazendo.

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Para Hill, usar dispositivos móveis conectados é apenas a atividade mais recente adicionada à lista e, muitas vezes, usamos estes gadgets para falar sobre o que estamos assistindo na TV ou para comprar coisas que vemos em seus anúncios. "Em média, gastamos 38 minutos por dia usando duas telas, o que equivale a 18% do tempo que passamos assistindo à TV. Mas ninguém está trocando a TV por outras telas", completou Hill.

Em suma, apesar das mídias digitais estarem cada vez mais influentes, um terço do conteúdo consumido atualmente vem da TV. No entanto, a tendência é que haja um estreitamento cada vez maior entre diferentes mídias e, desta forma, a TV tradicional será capaz oferecer conteúdos mais específicos e relevantes para seus espectadores de acordo com a compreensão da forma como ele usa seu dispositivo móvel enquanto assiste.

Fonte: IAB UKeMarketer &a