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Celular mais barato do mundo pode não ser nada do que promete

Por| 22 de Fevereiro de 2016 às 14h24

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Celular mais barato do mundo pode não ser nada do que promete
Celular mais barato do mundo pode não ser nada do que promete

O lançamento do celular mais barato do mundo, custando apenas US$ 4 (ou cerca de R$ 16), é claro, chamou a atenção da imprensa ao redor do mundo. O Freedom 251 é obra da fabricante indiana Ringing Bells e chegaria ao mercado nas próximas semanas, o que levou a mais de 60 milhões de inscrições em um site que permitia aos consumidores demonstrar interesse na compra antecipada de uma unidade. Tudo isso, porém, pode apenas ser uma empolgação descabida, já que o smartphone parece não ser nada daquilo que foi prometido.

Após a revelação do dispositivo, o que começou foi um festival de estranhezas. Primeiro, a imagem oficial do dispositivo foi modificada no site oficial – de um aparelho quadrado e com molduras douradas, ele se tornou algo muito parecido com um iPhone. E isso foi confirmado quando as primeiras unidades começaram a chegar às mãos da imprensa para análise. E o pior de tudo, oculto de forma grosseira sob corretivo de papel, estava o logo da AdCom, uma fabricante chinesa que, justamente, produz réplicas do modelo da Apple.

A impressão de que se trata de uma cópia tornou-se ainda mais flagrante quando, ligado, o dispositivo mostrou ícones semelhantes ao do iOS em suas principais aplicações. Claro, ele funciona com o sistema operacional Android, mas conta com uma skin para se assemelhar ao máximo ao sistema operacional da Apple, mas sem a esmagadora maioria de suas funções. E qualquer um com um mínimo conhecimento sobre tecnologia e mobile sabe o que isso significa.

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Quando questionada sobre o assunto, a Ringing Bells afirmou que o modelo enviado à imprensa para análise é um mero protótipo, feito para que os jornalistas pudessem atestar a qualidade do material utilizado. A fabricante afirma que o Freedom 251 terá as mesmas configurações do modelo da AdCom enviado, mas que seu design será modificado para o lançamento final, assim como a interface, com a “cara” de iOS sendo substituída por uma skin proprietária.

Além disso, a Ringing Bells, em comunicado, afirmou ser um parceiro registrado para utilização do Android – o que não seria necessariamente verdade, uma vez que a companhia não consta na lista oficial. Pior de tudo, o Freedom 251 nem mesmo teria sido submetido à verificação do Bureau of Indian Standards, a agência que é a equivalente indiana à Anatel, que realiza uma análise pela qual todo produto a ser vendido no país deve passar. Isso chamou a atenção até mesmo de fabricantes rivais, que solicitaram uma investigação oficial sobre o caso.

Acima de tudo, restam as dúvidas quanto ao modelo de negócios que será utilizado pela Ringing Bells. Se o Freedom 251 realmente existe e está em desenvolvimento, como a empresa será capaz de vender por US$ 4 um dispositivo que, pelas mãos da AdCom, custa US$ 50. E, mais do que isso, o que está por trás de tanta mudança? Estaria o aparelho ainda longe de finalizado, e a abertura de listas de interesse seria apenas uma forma de medir a recepção do público por um lançamento desse tipo?

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Se sim, a fabricante já possui uma grande demanda com a qual trabalhar. De acordo com a empresa, dos 60 milhões de solicitações recebidas em apenas dois dias, as primeiras 30 mil serão atendidas na primeira leva de dispositivos. Quando isso vai acontecer, entretanto, permanece um mistério, já que o smartphone parece longe de sua forma final e, sendo assim, dificilmente chegará às lojas nas próximas semanas, como prometido.

Fonte: GSM Arena