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Como fazer um upgrade de forma correta no PC, parte 4: placa de vídeo (GPU)

Por| 03 de Abril de 2016 às 20h00

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Como fazer um upgrade de forma correta no PC, parte 4: placa de vídeo (GPU)
Como fazer um upgrade de forma correta no PC, parte 4: placa de vídeo (GPU)

Atualizar a placa de vídeo realmente pode dar uma nova vida ao PC, aquele ganho necessário para qualquer tarefa, jogos em especial. Porém, por mais que pareça uma mera comparação de especificações, priorizando a melhor opção disponível, não é tão simples quanto parece. Dizemos isso pois a máquina tem que acompanhar sua nova placa de vídeo, tanto pela configuração, que deve ser compatível, quanto na requisição energética. Placa de vídeo de alto desempenho, na maioria dos casos, é o componente individual que mais consome energia, algo que o usuário deve ter em mente para não enfrentar problemas.

Outro ponto importante é que alguns modelos de placa de vídeo podem, sem grandes dificuldades, ultrapassar o custo total do resto da máquina por uma boa margem. Esse, aliás, já é um bom indicativo de que ela ficará subaproveitada, já que a máquina se beneficia mais de um conjunto equilibrado do que um componente individual superdimensionado.

Compatibilidade com a placa-mãe

Basicamente, há três gerações de slot PCI Express disponíveis atualmente. Vamos desconsiderar o finado AGP pois ele já é realmente antigo para os padrões atuais. Placas-mãe mais recentes trazem PCIe 3.0, mas, se a sua máquina possui dois anos ou mais, há uma grande probabilidade de ser o PCIe 2.0. Na prática, em especial para jogos, isso não limita muito a escolha de placas de vídeo, mas é um caso diferente para o PCIe 1.0, que certamente limita os modelos mais avançados, em especial as gerações mais recentes. De qualquer forma, há retrocompatibilidade entre os três slots, que são idênticos.

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É interessante dar uma olhada na máquina antes de atualizar. Verificar compatibilidade, ver se a fonte consegue aguentar o consumo extra de energia, se a CPU não irá gargalar.

Isso significa que você pode até instalar uma Titan X na sua máquina antiga com PCIe 1.0. A máquina ligará normalmente (considerando que a sua fonte aguente o consumo extra de energia), e o sistema reconhecerá a nova GPU sem problemas. Na hora de jogar, porém, os problemas começam a aparecer. As especificações do jogo podem até dizer que ela é capaz de rodá-lo liso, mas ele pode enfrentar lentidão mesmo assim. O motivo? O PCIe 1.0 não é capaz de sustentar a necessidade de banda necessária, independentemente da potência do chip. É um exemplo extremo, claro, mas bom para ilustrar que as limitações do resto da máquina devem ser observadas antes da compra.

No caso das APUs da AMD, é possível economizar bastante ao comprar uma placa de vídeo um pouco mais básica, desde que ela seja compatível com a tecnologia dual-graphics da empresa. Nesse caso, a máquina passa a reconhecer as duas placas de vídeo ao invés de optar por uma ou outra, usando ambas para conseguir um bom framerate extra.

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Vale mais o time do que o herói

É bastante comum usuários investirem alto em uma placa de vídeo sem ter uma máquina que não limite o seu desempenho. Não adianta comprar uma GTX 970 para usar com um Pentium (qualquer um) e 4 GB de memória RAM. Ou mesmo com um disco rígido antigo, sem gás para carregar novos cenários com uma velocidade mínima. Ainda falando de memória, é importante ver a quantidade de canais e a velocidade de operação delas, já que alguns jogos como o Total War, focam também em um poder de fogo considerável em CPU, que deve ter um conjunto de memória RAM compatível com as requisições de jogo.

Pouco adianta investir pesado em uma placa de vídeo top de linha se o resto da configuração não acompanha tanta potência.

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Com o valor de uma GTX 970, em especial com implementações mais sofisticadas, é possível atualizar o processador, a memória RAM e ainda sobrar um valor para uma placa de vídeo bacana. Os benefícios seriam maiores não somente em jogos, mas no uso diário da máquina, de uma forma geral. Não adianta transformar o seu PC em uma “máquina de um componente só” e esperar que esse herói isolado seja responsável, sozinho, pelo ganho de desempenho proporcional. É o mesmo que colocar um motor BMW em um fusca, mantendo a estrutura geral intacta, com a mesma transmissão e mesmas rodas.

É possível alcançar um ganho bacana somente com o upgrade de GPU, de fato, mas ele chega até um certo limite. O que acaba acontecendo é que o processador fica a 100%, quase toda a memória RAM do sistema está sendo utilizada (ou seja, a máquina já começou a usar a área SWAP/disco virtual), a GPU está longe de mostrar seu potencial máximo e o rodo está rodando devagar.

Energia e calor

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Placas de vídeo de entrada consomem pouca energia, muitas vezes trazendo soluções de refrigeração passiva, com dissipadores sem cooler. Não necessitam de nenhuma alimentação extra por parte da fonte também, usando 75 watts de energia ou menos, puxadas da própria placa-mãe. Instalar uma mais potente exige algumas considerações, tanto por parte da capacidade de energia que a fonte de alimentação pode oferecer (em especial pela degradação da fonte em máquinas mais antigas), quanto da refrigeração do sistema, já que é mais um componente gerando calor dentro do gabinete.

Algumas placas de vídeo, em especial as dual-chip, consomem uma quantidade bestial de energia.

Se a fonte não for capaz de oferecer energia suficiente para a nova placa de vídeo, mesmo que traga os conectores PCIe de energia compatíveis, na melhor das hipóteses, a máquina desligará com frequência. Na pior, em especial quando a fonte é de baixa qualidade, sendo capaz de causar uns belos curtos-circuitos ou, mesmo, danificar algum componente (até mesmo a sua placa de vídeo novinha em folha). Superaquecimento pode fazer o mesmo, já que a máquina como foi originalmente dimensionada pode não ser capaz de sustentar tanto calor, exigindo modificações no sistema de refrigeração.

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Conclusão

Poucos upgrades dão tanta satisfação como atualizar a placa de vídeo, o componente decisivo para que os games de última geração rodem ou não, em especial por suportarem novos motores, como o DirectX 12. Porém, é necessário lembrar do potencial do resto da máquina também, tentando evitar o máximo de gargalos quanto possível e investir em uma placa de vídeo que não possa mostrar todo o seu potencial. Com um mesmo orçamento, pode-se optar por uma nova CPU, novo kit de memórias e, ainda assim, investir em uma placa de vídeo considerável, o que resulta em uma máquina muito mais equilibrada.

Não abordamos aqui qual marca de placas de vídeo escolher, já que tanto Nvidia quanto AMD possuem excelentes opções em diferentes segmentos de preço. Com exceção do dual-graphics, que exige uma placa de vídeo da AMD, é difícil ver o usuário fazer uma escolha errada em ambos os casos. Quem possui processadores Intel, pouco importa, já que mesmo que ele tenha gráficos integrados até poderosos (caso da geração Skylake), ainda estão vários degraus de desempenho abaixo das soluções de alto desempenho da NVIDIA e AMD.

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