Facebook e Twitter também querem entrar no ramo do streaming de TV
Por Felipe Demartini | 18 de Março de 2016 às 13h30
De segunda tela, algumas redes sociais parecem dispostas a se tornarem a própria tela. Pelo menos, é isso o que afirmam boatos publicados nesta sexta-feira (18), que informam que o Twitter e o Facebook estariam negociando com redes de TV americanas para que possam transmitir, ao vivo e por streaming, a mesma programação que passa nas televisões dos Estados Unidos.
As empresas estariam em contato com diversos canais dos Estados Unidos. Enquanto a oferta do Twitter parece ser mais modesta, a do Facebook seria mais agressiva, com a companhia já entrando em contato também com a NFL para oferecer pacotes dedicados aos fãs do futebol americano, mais especificamente, nos jogos de quinta-feira à noite.
Mark Zuckerberg estaria envolvido diretamente nas negociações, afirmam as fontes. Sua ideia seria criar diversos pacotes de canais – aos moldes da velha TV por assinatura – que possam ser escolhidos e pagos pelos usuários de acordo com a preferência. Seriam, entretanto, apenas ideias, já que o vazamento afirma que nem mesmo uma demonstração da tecnologia foi realizada ainda, e que não se sabe ao certo de que maneira o Facebook entregaria o conteúdo.
O maior desafio do momento, entretanto, parece ser a resistência das próprias emissoras de TV, que ainda não sabem mensurar ao certo o impacto da era digital em seus negócios. Apesar de muitas já terem aderido à Netflix como um ponto de distribuição de seus programas, por exemplo, os números relacionados à “mistura” no momento da distribuição ainda são nebulosos e as companhias do setor não sabem dizer ao certo como fica o resultado com essa variedade de opções.
Por outro lado, todas concordam que chegar às redes sociais pode ser uma boa forma de recuperar um pouco da audiência perdida justamente para elas. A abordagem feita por Facebook e Twitter, inclusive, teria sido vista com surpresa por algumas emissoras, já que até agora, as empresas pareciam se tornar cada vez mais rivais da televisão tradicional, “roubando” usuários e afirmando serem a mídia do futuro. Agora, elas podem ser enxergadas como uma boa alternativa ao YouTube, esse sim o verdadeiro concorrente na internet.
O principal benefício desse tipo de parceria seriam as métricas, uma vez que ambas as plataformas sabem exatamente o perfil de quem os assiste, o que permitiria a colocação de uma publicidade muito mais direcionada também na televisão. Sem falar, claro, no alcance maior, principalmente entre as faixas etárias mais baixas, que cada vez mais deixam a televisão como principal meio de informação e entretenimento para se focarem nos tablets e smartphones.
Por enquanto, porém, tudo não passa de rumores e não se sabe ao certo em que pé estão as negociações entre Twitter, Facebook e as emissoras de televisão. As empresas não falaram sobre o assunto.
Fonte: The New York Post