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Cientistas conseguem modificar embriões e torná-los resistentes ao vírus HIV

Por| 11 de Abril de 2016 às 10h06

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Uma equipe de pesquisa liderada por Yong Fan na Universidade de Medicina de Guangzhou conseguiu um grande avanço nas pesquisas para produzir soluções de resistência humana ao vírus HIV. Utilizando a ferramenta genética CRISPR, a equipe conseguiu introduzir uma resistência ao vírus HIV dentro de embriões humanos. No ano passado, os cientistas chineses já haviam chocado o mundo e a comunidade científica ao conseguirem modificar o DNA de embriões humanos.

Desta vez, os pesquisadores recolheram 213 óvulos humanos já fecundados para o estudo. Todos os óvulos foram considerados inadequados para a fertilização porque continham algum conjunto extra de cromossomos. Dos 26 embriões escolhidos, apenas quatro foram modificados com êxito. Isso mostra que ainda há muita dificuldade técnica e um grande trabalho a ser feito antes dos pesquisadores serem capazes de alterar com precisão as células embrionárias de humanos. Sendo assim, ainda há muitos ajustes a serem realizados para que os seres humanos consigam ser resistentes ao HIV. No entanto, os resultados obtidos já mostram uma grande evolução e um futuro promissor.

Normalmente, práticas do tipo são delicados mesmo para a comunidade científica e a alteração de embriões sempre resulta em alguma controvérsia. Os críticos do novo estudo afirmam que os cientistas não devem brincar com os embriões humanos, argumentando que os gérmens de outros primatas são suficientes para o experimento. Há também a preocupação de que tais modificações possam ser passadas para próximas gerações, o que poderia resultar em consequências imprevisíveis.

Os autores da pesquisa defendem o projeto e dizem que eles não estão tentando tratar de uma doença genética. Em vez disso, eles estão adicionando uma imunidade a um vírus, o que seria comparado a uma vacina com um efeito a nível genético. Caso a tecnologia seja ajustada para o estado clínico, ela poderia ser utilizada para eliminar todos os tipos de doença genética. "Acreditamos que é necessário continuar a desenvolver e melhorar as tecnologias de modificação genética em humanos", disse a equipe chinesa.

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Ainda há muito trabalho a ser feito até que os cientistas consigam ser capazes de utilizarem a CRISPR de uma maneira que não provoque mutações não-intencionais. Sendo assim, é possível que a alteração de embriões contra o HIV só esteja disponível daqui a muitos anos.

Fonte: Futurism