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AOL retorna ao Brasil e mira mercado de marketing

Por| 10 de Maio de 2016 às 17h19

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AOL retorna ao Brasil e mira mercado de marketing
AOL retorna ao Brasil e mira mercado de marketing

Se você viveu o boom da internet do final dos anos 90, com certeza lembra da AOL. A empresa norte-americana foi uma das grandes potências do início da internet, fornecendo serviços de provedor de acesso em diversos países do globo, inclusive no Brasil — quem não lembra dos cd-roms, os famosos kits multimídias da America On Line que instalavam o discador de acesso da empresa no computador? Depois de dez anos longe do país, a empresa retorna com uma nova cara e foco de mercado, de olho em marketing e mídias digitais.

A nova AOL é uma empresa bem diferente da que teve seu declínio durante os anos 2000 e anunciou sua retirada do Brasil em 2006, em meio a um sangramento no número de assinantes que derrubou sua base de 24 milhões de usuários em 2002 para apenas 6 milhões, em 2009. Apostando em conteúdos e plataformas de publicação para empresas de marketing online, a companhia volta às terras canarinhas com um parceiro de peso: no ano passado, a Microsoft firmou um acordo delegando à AOL toda a sua parte de produtos de mídia digital.

Segundo Marcos Swarowsky, gerente da empresa no Brasil, a parceria com a Microsoft foi o gatilho para o início de uma retomada global para a marca, o que naturalmente incluiu o mercado brasileiro no seu mapa de negócios, devido ao tamanho da economia do segmento mobile e digital no país. Segundo divulgado pela própria AOL, o mercado de marketing mobile movimenta um montante de US$ 3 bilhões.

"Mudamos bastante desde 2010, e o mercado brasileiro também. Queremos ser o principal player de mídia digital no país, e seria inviável fazer isso sem nos inserirmos na economia brasileira", afirmou Swarowski, apontando que a sede da AOL em São Paulo será o hub da companha para uma expansão latino-americana.

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Conforme explicou o executivo, a volta da AOL é baseada em três produtos de mídia digital, dentro da chamada divisão de Code (código) da empresa. Os dois primeiros produtos funcionam dentro da plataforma ONE by AOL, uma suíte de aplicações para players de mídia digital: um é o Video, ferramenta de biblioteca, otimização e distribuição de conteúdos em vídeo que, segundo a companhia, conta com poderosos controles de segmentação.

Ainda dentro do One, o Publishers reúne produtos modulares em um mesmo ecossistema, com diversos players de produção de conteúdo em mídia, como distribuição, análise de engajamento, gestão de receitas e estratégias de monetização para campanhas digitais.

Por fim, a empresa trará ao país a plataforma Millenial Media, recentemente adquirida nos Estados Unidos, que é focada na distribuição e engajamento de ações de marketing em meios mobile.

Vale lembrar que no ano passado a AOL foi adquirida pela Verizon por US$ 4,4 bilhões, um dos principais players de telecomunicação norte-americanos, que investiu na companhia como um de seus braços de mídia e comunicação. Além disso, o alinhamento com a operadora possibilita à AOL ter acesso a dados de milhões de usuários em todo o mundo, revertendo estas informações para seus produtos de marketing.

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Além de sua divisão Code, a AOL retomou seu crescimento nos últimos anos com um investimento também na parte de conteúdo: a empresa é a principal investidora de importantes sites internacionais de notícias como Endgadget, TechCrunch (ambos de tecnologia) e Huffington Post, site de variedades que foi trazido ao Brasil em parceria com a Abril, virando o Brasil Post.

Na apresentação de retorno da AOL, Swarowsky revelou que existe a possibilidade de trazer outras destas marcas de conteúdo para o Brasil, mas não deu maiores detalhes de quando ou como elas podem desembarcar no país.