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Nos 25 anos de Sonic, SEGA anuncia novo jogo; veja retrospectiva

Por| 23 de Junho de 2016 às 11h14

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Nos 25 anos de Sonic, SEGA anuncia novo jogo; veja retrospectiva
Nos 25 anos de Sonic, SEGA anuncia novo jogo; veja retrospectiva
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Apesar de andar bem em baixa, Sonic ainda continua vivo em nossos corações. O mascote da SEGA pode estar vivendo um mau momento em seus games, mas os fãs continuam esperançosos de que o ouriço azul ainda venha a dar a volta por cima e retornar com toda a pompa e elegância que tinha na época do Mega Drive. E, desta vez, as esperanças estão depositadas no título que acaba de ser anunciado em comemoração aos 25 anos de criação do personagem.

As informações sobre esse game ainda são bastante escassas e tudo o que se sabe é que a ideia é celebrar esse quarto de século do herói. A confirmação foi feita pela própria equipe da Sonic Team durante entrevista à revista japonesa Famitsu. De acordo com o chefe do estúdio, Takashi Iizuka, trata-se de uma aventura completamente nova e que o objetivo é adicionar elementos inéditos ao game, além de torná-lo mais difícil. Porém, o modo como isso deve ser feito ainda é um enorme mistério.

Iizuka diz ainda que o mais importante nessa comemoração dos 25 anos do Sonic não é o fato de o herói ter sobrevivido até aqui, mas a quantidade de títulos nos quais ele participou ao longo de todo esse tempo. Ao todo, foram 36 games protagonizados por ele, sem contar as participações especiais em games como Super Smash Bros e aqueles inspirados em jogos olímpicos, no qual ele e Mario revivem a velha rivalidade dos anos 90 em diversas modalidades esportivas.

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Como aponta o site Eurogamer, a expectativa é que esse misterioso novo jogo seja anunciado em breve. Além disso, a Sonic Team relembrou que a SEGA está produzindo um filme com a Sony Pictures inspirado em seu mascote que deve reunir animação e atores reais. A previsão de estreia é para 2018.

Duas décadas e meia de velocidade

Criado para fazer frente ao sucesso da Nintendo com a série Super Mario Bros, Sonic representava tudo aquilo que a SEGA pretendia ser com o Mega Drive. O ouriço azul era rápido, ousado e com uma pegada muito mais radical do que seu rival de bigode. Quase como um recado para a concorrente, a empresa quis deixar claro para todos do que seu novo console era capaz. Tanto que ele era, originalmente, uma demonstração técnica feita para mostrar como era possível criar o efeito de velocidade sem distorcer a imagem.

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Foi nesse contexto que o primeiro Sonic The Hedgehog chegou ao mercado em 23 de junho de 1991. E o resultado foi tão positivo para a SEGA que a rivalidade entre ela e a Nintendo se estendeu por toda aquela geração e virou tema central em toda discussão de colégio. Em plena década de 90, a Guerra Civil da hora do recreio era dividida entre Team Mario e Team Sonic. Aliás, a própria figura de seu vilão, o Dr. Robotnik, é uma alusão ao Mario. Ou achou que a roupa vermelha e o bigode exagerado eram por acaso?

E essa popularidade foi algo muito explorada pela empresa nessa época. A série The Hedgehog ganhou duas sequências já nos anos seguintes. O sucesso de Sonic The Hedgehog 2 (1992) e Sonic The Hedgehog 3 (1994) ajudou a estabelecer o legado do ouriço e o lançamento de Sonic & Knuckles, também de 1994, colocou o herói de vez no hall dos mascotes eternos da indústria — e enterrou de vez o pobre Alex Kidd no limbo, tirando seu posto de queridinho da SEGA.

Diante disso, era óbvio que a produtora iria explorar a figura de seu mais novo sucesso de todas as formas possíveis. Somente no Mega Drive, Sonic protagonizou cinco jogos em um intervalo de três anos, além de Sonic 3D Blast, lançado já no fim da vida do console, em 1996. Tanto que, já no ano seguinte, o herói deu as caras no Sega Saturn com Sonic R.

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Auge e queda

Porém, foi a partir de 1998 que as coisas começaram realmente a mudar para o ouriço. Com o lançamento do Dreamcast, a SEGA decidiu mexer no design e no conceito do personagem. Para torná-lo mais radical e maduro, a empresa fez pequenas mudanças no visual do Sonic e abandonou o estilo mais cartunesco e gorduchinho do desenho original, ficando mais esguio e adulto. A estrutura dos jogos também mudou, abandonando o estilo plataforma clássico para ganhar novas perspectivas.

E, mesmo com todas essas revoluções, Sonic Adventure ainda foi um sucesso e agradou boa parte dos fãs. Tanto que a sua sequência, Sonic Adventure 2 (2001) foi bastante esperada e foi igualmente bem recebida. O problema, porém, foi o que veio depois disso.

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Além dos vários títulos menores que a SEGA lançava para outras plataformas, o que ajudou a desgastar a imagem de seu mascote, Sonic começou a protagonizar títulos realmente muito ruins. Sonic Heroes (2003), por exemplo, já dividiu o público de maneira mais clara, visto que muitos não aprovaram as mecânicas, sobretudo por conta dos problemas de câmera. Em seguida, veio o spin-off Shadow The Hedgehog (2005), protagonizada por uma versão sombria do herói e que é vista por muitos como o início da decadência do ouriço. Isso porque todos os lançamentos posteriores foram muito criticados.

O maior exemplo disse é Sonic The Hedgehog, de 2006. O game deveria ser a reinvenção do herói na geração PlayStation 3 e Xbox 360, mas o título foi tão escrachado que figura como um dos piores games desses 25 anos. Só que, ao invés de aprender com seus erros, parece que a SEGA tomou gosto pelas críticas e seguiu fazendo títulos bastante questionáveis, como Sonic Unleashed (2008), no qual o protagonista se transforma em lobisomem, e em Sonic and the Black Knight (2009), quando ele pegou todo mundo de surpresa ao aparecer lutando com uma espada.

As coisas pareciam mudar quando a SEGA decidiu comemorar os 20 anos da série com Sonic Generations. A ideia de resgatar a memória do personagem trazendo elementos de todos os jogos lançados até então e, principalmente, unindo as suas duas versões deu muito certo e não só encheu o coração dos fãs de nostalgia como mostrou que ainda é possível fazer um bom game com o ouriço azul.

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O problema é que esse acerto foi um ponto fora da curva, uma vez que os games seguintes voltaram para a mediocridade que virou padrão. Sonic Lost World adicionou mecânicas bem estranhas à série, como o botão de correr, e Sonic Boom se inspirou em um desenho igualmente estranho para tentar reconquistar os fãs. E não conseguiu.

Assim, a expectativa é que esse game recém-anunciado para comemorar os 25 anos do herói seja tão bom quanto aquele lançado há cinco anos. Sonic Generations soube aproveitar o legado do personagem e trouxe tudo aquilo que é realmente importante em termos de jogabilidade. Será que é pedir muito uma homenagem digna de tudo isso?

Fonte: Eurogamer