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Justiça Federal bloqueia R$ 19,5 milhões do Facebook por negar dados do WhatsApp

Por| 30 de Junho de 2016 às 22h41

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Justiça Federal bloqueia R$ 19,5 milhões do Facebook por negar dados do WhatsApp
Justiça Federal bloqueia R$ 19,5 milhões do Facebook por negar dados do WhatsApp
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Na tarde desta quinta-feira (30), a Justiça Federal em Londrina (Paraná) ordenou o bloqueio de R$ 19,5 milhões das contas do Facebook devido a multas aplicadas pelo descumprimento de decisões judiciais que pediam a liberação de dados do WhatsApp.

A decisão informa que a empresa se recusou a liberar dados do aplicativo de mensagens relacionados a uma conversa entre traficantes que são investigados pela Polícia Federal na operação “Quijarro”. Essa operação deflagrou em três estados (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e resultou na prisão de uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas.

Por enquanto, apenas as contas bancárias do Facebook ficaram bloqueadas, sem que o serviço do mensageiro fosse suspenso mais uma vez, o que prejudica todos os outros milhares de usuários. Segundo o delegado Elvis Secco, da Polícia Federal, essa decisão acabou afetando as contas do Facebook, que é proprietário do WhatsApp, uma vez que o aplicativo não tem contas bancárias independentes no país.

O valor milionário é referente a multas acumuladas durante os últimos cinco meses – sendo que a cada notificação quinzenal o valor inicial da penalidade foi triplicando, alcançando em junho essa quantia que, agora, está bloqueada das contas da companhia de Mark Zuckerberg. De acordo com o delegado, o WhatsApp teria atrapalhado as investigações por não ter repassado às autoridades o conteúdo das mensagens trocadas pelos criminosos.

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“Hoje em dia, os criminosos só conversam por mensagens eletrônicas. O pedido, que é o mesmo da interceptação telefônica, é garantido pela Legislação Brasileira. A recusa da empresa em cumprir a ordem judicial atrapalhou tudo. Sem acesso às mensagens do aplicativo, não conseguimos descobrir o núcleo comprador da droga na Espanha e no Brasil, e também não conseguimos apreender mais cargas e revelar outros membros da organização”, afirmou Secco.

A investigação da “Quijarro” começou em janeiro de 2015 e conseguiu identificar que um dos grupos responsáveis por transportar cocaína pelo país estava instalado em Londrina, cidade localizada ao norte do estado do Paraná. Esse grupo estava distribuindo a droga não somente para outros estados do Brasil, mas também tinham acesso a localidades da Bolívia, Colômbia e Espanha.

Fonte: Reuters; G1