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Startup desenvolve processo de produção de couro que não mata animais

Por| 01 de Julho de 2016 às 18h49

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Modern Meadow
Modern Meadow

O couro é utilizado pelo ser humano há muito tempo, seja pela resistência, durabilidade ou, mais recentemente, pelo caráter de luxo adquirido. A indústria da moda, seja alta ou baixa costura, utiliza o couro em larga escala e recebe severas críticas pela crueldade com os animais. Este cenário, no entanto, pode mudar em breve. A startup Mordern Meadow conseguiu fabricar couro idêntico ao extraído de animais por meio de um processo chamado biofabricação e, após uma campanha de arrecadação, já está pronta para iniciar a produção em larga escala.

Diferentemente do eufemístico "couro ecológico", que se popularizou nas últimas duas décadas e que de ecológico tem muito pouco, o material fabricado pela Modern Meadow é feito por meio de células que produzem e agrupam colágeno e outras proteínas para compor couro biologicamente idêntico ao tradicional extraído de animais. O material biofabricado pode ainda atender a requerimentos específicos, como flexibilidade, elasticidade e espessura, além de poder receber tingimento.

"Estamos fazendo um material que não tem pelos, tecidos ou gordura, então a toxicidade vista por aí no mercado de couro é eliminada", explica Andras Forgacs, CEO e cofundador da empresa.

O desafio à frente é mostrar o couro biofabricado não apenas como uma opção atrativa, mas também acessível ao mercado. Segundo Research and Markets, é previsto que o comércio de peças de couro, incluindo roupas, acessórios e bolsas, movimente US$ 91,2 bilhões até 2018.

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A intenção da empresa é sair do estágio de pesquisa e desenvolvimento e passar para a fase de instalação de uma fábrica e contratação de pessoal em breve. Muitos dos esforços da empresa foram concentrados em torná-la energeticamente limpa. "Levou muito tempo para nos livrarmos da dependência de petróleo e combustíveis de carbono. Agora, energia renovável, iluminação LED e veículos têm espaço", conclui Bart Swanson, executivo da Horizon Venture, uma das investidoras do projeto.

Fonte: TechCrunch