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Unicef estuda usar o WhatsApp para identificar refugiados

Por| 05 de Julho de 2016 às 12h50

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O drama enfrentado por milhares de pessoas refugiadas é apenas um dos problemas vividos diariamente por aqueles que tiveram de deixar seu país devido a guerras, conflitos sociais e outras situações de risco. Muitas vezes, é difícil localizar todos esses cidadãos. Por isso, o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef) pretende usar o WhatsApp para ajudar na identificação de refugiados.

Segundo o norte-americano Christopher Fabian, cofundador da Unidade de Inovação do Unicef, os números de telefone usados por essas pessoas na hora de cadastrar no mensageiro são uma forma de identificá-las, já que o aplicativo é utilizado por grande parte delas para entrar em contato com amigos e familiares nos países de origem.

"Um dos grandes problemas enfrentados constantemente pelos refugiados são os processos de identificação em cada país a que eles chegam", destacou Fabian, que faz parte da Unidade de Inovação desde 2007.

Atualmente, essa divisão é formada por um grupo interdisciplinar de pessoas no mundo todo. Ao longo dos últimos anos, Fabian e sua equipe desenvolveram diferentes tecnologias, como o U-Report e o Digital Drum.

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O U-Report é uma plataforma de mensagens gratuita que os jovens de diversos países podem usar para dar sua opinião e se manter informados sobre diversos temas com telefones que não precisam estar conectados a internet. O sistema já tem mais de 2,1 milhões de usuários ativos em cerca de 20 países. Já o Digital Drum, um projeto escolhido pela revista "Time" como uma das 50 melhores invenções de 2011, é um protótipo de ensino digital que lembra um computador e que usa a tecnologia para promover a educação e o acesso à aprendizagem.

Números

De acordo com o relatório Tendências Globais da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), divulgado no último dia 20 de junho, o ano de 2015 registrou um número recorde de refugiados no mundo, totalizando 65,3 milhões de pessoas deslocadas. Foi um aumento de quase 10% em comparação com o ano anterior, quando eram 59,5 milhões, e de 50% nos últimos cinco anos. Para se ter ideia, a quantidade de pessoas que vivem dessa forma hoje equivale a toda a população de países como Canadá, Itália, Espanha e Polônia.

Mais da metade dos refugiados são de três países: Síria, com 4,9 milhões; Afeganistão, com 2,7 milhões; e Somália, com 1,1 milhão. A guerra na Síria continua sendo a principal causa de deslocamento forçado no planeta que, até o final de 2015, obrigou pelo menos 4,9 milhões de pessoas ao exílio e deslocou outras 6,6 milhões de seu território. Isso corresponde a metade da população que vivia na Síria antes da guerra.

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Fontes: G1, Estadão