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Baidu entra na mira do governo chinês após morte de internauta

Por| 06 de Julho de 2016 às 14h10

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Baidu entra na mira do governo chinês após morte de internauta
Baidu entra na mira do governo chinês após morte de internauta
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Atualmente a internet é uma das principais ferramentas de mobilização e união entre as pessoas, capaz, até mesmo, de manchar a reputação de uma empresa. Para se ter dimensão da preocupação do mercado corporativo em relação à viralização de informações negativas, apenas no ano passado foram gastos US$ 10,7 bilhões no setor de relações públicas.

Mas será que os profissionais responsáveis por cuidar da imagem das empresas dão conta de uma série de escândalos? Aparentemente, lidar com a fúria de 1 bilhão de internautas e de um dos governos mais poderosos da história não é uma tarefa fácil, e esta é exatamente a situação pela qual a Baidu, gigante das buscas na China, está passando.

Apenas neste ano, o "Google chinês" se envolveu em duas grandes polêmicas. A primeira, em janeiro, está relacionada à condenação da companhia por ter publicado, sem ter identificado como espaço publicitário, conteúdos patrocinados de promoção de tratamentos e hospitais. E, infelizmente, apesar das críticas, a história não mudou e acabou tendo consequências mais graves alguns meses depois.

No mês passado, o site começou a ser investigado pela morte de um rapaz de 21 anos que sofria de um tipo raro de câncer. O problema foi que, em busca de um tratamento que pudesse curá-lo, Wei Zexi encontrou entre os links patrocinados do buscador (ainda sem aviso sobre se tratar de um espaço publicitário) um tratamento experimental em um hospital de Pequim.

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Como consequência da priorização por este tratamento no motor de buscas, no mês de fevereiro, em um fórum online, o paciente relatou que sua família havia recebido informações falsas, e que havia gastado mais de R$ 100 mil no tratamento, que, infelizmente, foi completamente ineficaz. Em apenas um mês, o estudante teve uma acentuada piora no quadro e acabou falecendo.

O episódio acarretou respostas raivosas de internautas e do poderoso governo chinês. A partir da responsabilização e dos resultados das investigações, as ações da companhia já caíram 7,9%. Diante de todas as consequências do caso, a CAC, agência responsável pela regulação da Internet na China, publicou um novo padrão para os motores de busca para melhorar a "censura" dos seus resultados.

Entre as regras, a partir de agora os buscadores serão obrigados a identificar claramente os conteúdos patrocinados nos resultados da pesquisa e limitar o número de anúncios pagos por página. Também será exigido que os sites de pesquisa aperfeiçoem o controle sobre os anunciantes, proibindo a prática de bloquear páginas com informações negativas sobre eles. Com estas regras, o governo chinês quer garantir que os resultados da pesquisa sejam objetivos e imparciais.

Fonte: Business Insider