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Entendendo a preferência do usuário através do Antutu, parte 2: bateria

Por| 26 de Julho de 2016 às 23h57

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Entendendo a preferência do usuário através do Antutu, parte 2: bateria
Entendendo a preferência do usuário através do Antutu, parte 2: bateria

Vamos juntar duas estatísticas nessa segunda parte. A primeira delas aponta a distribuição de tamanhos de tela dos smartphones cadastrados no banco de dados no Antutu, independentemente da resolução. Com mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, é natural esperar que não exista um tamanho ideal de tela para smartphone, já que os tamanhos atuais variam de menos de 4 polegadas até quase 7 polegadas, este último representando uma junção das vantagens de um smartphone com a produtividade de um tablet.

A segunda delas mostra a distribuição de tamanho de baterias, dividindo os modelos em faixas de capacidade. Esse segundo quesito é mais ou menos um consenso entre os usuários: quanto mais, melhor, e se há algo que se tornou tendência no mercado é ver usuários trocando de smartphones por modelos com mais capacidade, deixando de lado modelos que sabem ser incapazes de completar um dia inteiro de uso. Será que existe alguma relação entre um e outro?

5.0 polegadas ou mais

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Lembram do Galaxy S2? Quando ele foi anunciado oficialmente em 2011, muitos o enxergavam como grande demais, já que, à "época", smartphones na casa das três polegadas eram bastante comuns. O iPhone ainda trazia 3,5 polegadas, algo que permaneceu até a chegada do iPhone 5 em 2012, episódio conhecido como "esticada", já que aumentou somente a altura da tela, mantendo a largura constante.

"4,3 polegadas? Jamais! Nem deve caber direito no bolso": comentário bastante comum na "época". Apenas um ano depois, a Samsung anunciou o Galaxy S3 ainda maior: absurdas 4,8 polegadas.

Essa "época" foi marcada pelo conceito de tamanho ideal de tela cravado por Steve Jobs: um bom tamanho é aquele em que o usuário consegue alcançar qualquer ponto da tela com o dedão, não havendo necessidade de usar uma segunda mão. A Apple ainda tentou justificar que o aumento de 0,5 polegada do iPhone 5 não feria esse conceito, mas o abandonou completamente com o iPhone 6 (e iPhone 6 Plus, principalmente), vendo que a tendência de usuários preferirem telas maiores chegou para ficar.

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O grande "medo" é que o tamanho das telas não parava de aumentar, e de fato elas ficavam maiores a cada geração. Para o bem ou para o mal, grande parte dos modelos mais recentes estacionou entre cinco e seis polegadas, e não há sinais de que isso mudará nos próximos anos. Há alguns poucos modelos com menos do que 5 polegadas, o mesmo válido para modelos com mais de 6 polegadas, como o gráfico do Antutu mostra abaixo.

O "outros" inclui aparelhos ainda maiores, alguns deles chegando a ter até 6,8 polegadas.

Nada menos do que 71,22% de todos os aparelhos fica entre 5 e 6 polegadas, com os modelos de 5,5 polegadas representando a maior concentração individual de tamanhos de tela (32,23%). É onde encontramos modelos como o Zenfone 2 e variantes (Deluxe, Deluxe Special Edition, Laser, Zoom e Selfie), Zenfone 3, LG G3 (este posicionado nos top 10 aparelhos do primeiro semestre) e G4, iPhone 6 Plus e 6S Plus e Xperia Z5 Premium.

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3000 mAh é o mínimo

Agora vamos olhar a distribuição de bateria por faixas. O próprio Antutu considera a tendência de aumentar o tamanho das baterias não mostra sinais de parar, uma conclusão perfeitamente lógica, já que são raros os usuários que são "contra" ter que carregar menos o smartphone. O interessante é que esses dados do primeiro semestre do ano mostram uma preferência por modelos com pelo menos 3000 mAh, representando 67,4% do total, significando que o espaço para modelos com menos capacidade está lenta e constantemente diminuindo.

O tamanho médio de baterias certamente aumentou, apesar da tendência de diminuir a espessura dos aparelhos.

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Isso é um fato interessante, já que o aumento de bateria luta bravamente contra a tendência de diminuição da espessura dos smartphones. Mostra um avanço técnico na fabricação das baterias modernas maior do que imaginaríamos à primeira vista, ainda que seja curioso imaginar como seria a distribuição do gráfico se a espessura dos aparelhos não ficasse cada vez maior.

Juntando os dois gráficos

Há uma relação direta entre o tamanho dos aparelhos e a sua capacidade de bateria, já que, com algumas raras exceções, a placa-mãe do smartphone tem mais ou menos o mesmo tamanho. A exceção fica para modelos como o Moto Maxx, que usa praticamente a área completa do aparelho, o que explica sua espessura bem maior do que a média, já que trazia uma bateria não removível de 3.900 mAh, uma verdadeira revolução em 2014. Aqui entre nós, ele era meio desajeitado, além de não trazer um design aprovado por todos, mas certamente trazia o seu brilho e chamou bastante a atenção quando anunciado.

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O Moto Maxx usa toda a sua área interna para acomodar a placa-mãe, algo bastante raro em modelos mais avançados.

Isso levanta uma questão interessante: usuários optam por smartphones maiores pelos benefícios da tela em si ou porque eles trazem uma bateria maior? É mais ou menos claro que qualquer um preferiria uma autonomia maior se pudesse escolher entre dois modelos com as mesmas características e autonomias diferentes, mas até aonde vai a escolha por modelos de até 6,8 polegadas em relação à tela?

Refazendo a pergunta: imagine que um modelo tenha 4.000 mAh com uma tela de 5,5 polegadas e outro traga a mesma capacidade, mas uma tela bem maior. Digamos, 6,5 polegadas. Resoluções de tela, câmera, chips e armazenamento interno: todos os outros fatores constantes. Será que haveria espaço para modelos que já começam a invadir o território dos tablets menores? Melhor ainda: será que a preferência por modelos maiores foi a solução encontrada pelos usuários para conseguir ou uma autonomia maior?

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Até mesmo a capa de proteção já denuncia o principal, talvez o único, ponto de destaque: quem não está mais disposto a carregar o smartphone com frequência.

Modelos "menores" com baterias gigantescas estão começando a aparecer no mercado, caso do Liquid Zest Plus da Acer e do Zenfone Max da ASUS (curiosamente, duas conterrâneas), que trazem 5.000 mAh de capacidade. Além disso, trazem configurações típicas de um modelo básico, ambos com chips de entrada da MediaTek e Qualcomm de baixo consumo de energia (respectivamente), 16 GB de memória interna, 2 GB de memória RAM, telas com resolução HD (outro ponto que aumenta a autonomia de ambos).

Você trocaria desempenho, qualidade de tela, qualidade de câmera e outros quesitos para carregar seu smartphone a cada 3 dias?

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Querendo ou não, o seu maior, talvez único ponto de destaque seja a autonomia de bateria. Ainda que muitos tenham ficado animados com autonomias tão grandes, chegando até 3 dias em ambos os modelos, outros consideraram que o restante das características não compensavam a autonomia extra. Mais autonomia é sempre bom, mas será que todos estão dispostos a ter um aparelho básico em todos os outros quesitos por causa dela? Talvez ambos representem uma solução muito oposta à tendência de aparelhos cada vez mais finos?

Qual a sua opinião, usuário? Acredita que existe um ponto de equilíbrio entre abrir mão de de certos quesitos (como a pouca praticidade de telas grandes ou configurações de entrada) para dar preferência a mais autonomia no dia a dia? Conte para nós nos comentários!