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WhatsApp pode ter acesso às suas mensagens mesmo após você exclui-las

Por| 29 de Julho de 2016 às 10h11

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WhatsApp pode ter acesso às suas mensagens mesmo após você exclui-las
WhatsApp pode ter acesso às suas mensagens mesmo após você exclui-las
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Parece que a constante afirmação do WhatsApp de que não é possível ter acesso a mensagens deletadas não é tão verdadeira. Um pesquisador especializado em iOS, chamado Jonathan Zdziarski, examinou imagens de discos da versão mais recente do mensageiro e descobriu que o WhatsApp mantém traços forenses de registros de conversas dos usuários.

Tais dados podem ser acessados tanto fisicamente quando remotamente através de sistemas de backup, mesmo que o usuário tenha excluído a mensagem em seu dispositivo. Na maioria dos casos, os dados que são marcados como excluídos não são sobrepostos automaticamente. De acordo com Zdziarski, o problema relacionado a essa questão de privacidade está no banco SQLite, utilizado pelo WhatsApp nos códigos do aplicativo.

O app possui um forte esquema de criptografia que impossibilita interceptações de conversas, mas é possível ter acesso a elas quando chegam no aparelho, mesmo que deletadas. Resquícios de dados podem ficar gravados em serviços de armazenamento, como o iCloud. Com isso, investigadores e autoridades policiais podem obter registros de conversas através de ordens judiciais, mesmo que o usuário tenha deletado o conteúdo do aplicativo.

Esse problema não é algo exclusivo do WhatsApp. Zdziarski afirmou que vários serviços similares deixam vestígios de conversas. "O iMessage deixa muitos. Já o Signal deixa praticamente nenhum", disse o pesquisador.

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Com a descoberta, o WhatsApp poderá ter ainda mais problemas com a justiça brasileira. Com a notícia de que é possível recuperar as conversas, o aplicativo ficará ainda mais pressionado. Outro fator que pesa contra a empresa é o fato de ela repetidamente afirmar que não é possível ter acesso a conversas deletadas. No Brasil, o aplicativo está prestes a enfrentar seu quarto bloqueio, visto que se nega a fornecer dados de conversas de suspeitos da Justiça.

Fonte: The Verge, Zdziarski