Amazon vai usar aviões próprios para fazer entregas nos Estados Unidos
Por Anderson Nascimento | 05 de Agosto de 2016 às 11h19
A Amazon passará a utilizar seus próprios aviões para realizar entregas nos Estados Unidos. A iniciativa Prime Air, que levou muitas pessoas a imaginarem que se tratava de um projeto de drones, inclui uma parceria com a Atlas Air para a utilização de 40 aviões de carga. Além da Atlas Air, que já realizava serviços de entregas para a varejista, outros aviões serão recebidos da Air Transport Services Group (ATSG).
O Boeing 767-300, primeiro avião a estrear o programa de entregas da Amazon com aviões próprios, recebeu pintura da Prime Air. Como é de se imaginar, os aviões não foram adquiridos pela Amazon, mas estão sendo alugados pela empresa de comércio eletrônico, que espera melhorar consideravelmente sua eficiência logística.
"É uma grande parte do futuro da Atlas, e ele acabará por transformar a nossa empresa", afirmou William Flynn, CEO da Atlas Air. Já o vice-presidente de operações da Amazon, Dave Clark, disse que a varejista está trabalhando em um plano para ter uma rede de transporte aéreo mais ampla e ser menos dependente de terceiros. O movimento parece lógico, já que a empresa procura melhorar a velocidade de suas entregas em todos os Estados Unidos, o que seria mais difícil de ser realizado por terra. "Estamos fazendo isso por causa dos clientes e em nome dos clientes", disse Clark.
Por aumentar o tamanho de sua frota, a Amazon será capaz de oferecer serviços de entrega aprimorados, ainda que a empresa não tenha a intenção inicial de contar com clientes apenas para serviços logísticos. "Uma vez que você tem a capacidade, você tem as opções para oferecer serviços de entrega aprimorados", explicou o executivo da empresa, enquanto também confessava que estava entusiasmado por estar frente a frente com um dos aviões da empresa pela primeira vez.
Os esforços da Amazon ainda vão além. A empresa acrescentou à sua atual frota 4.000 caminhões de entrega e deseja ampliar seus centros de armazenamento em até 145 pontos ao redor do mundo, criando serviços locais de logística. Vale lembrar que a eficiência do sistema de entrega da Amazon, especialmente nos Estados Unidos, contribuiu para um crescimento de 28% nas vendas da empresa no último trimestre. Isso significa um acréscimo de US$ 18 bilhões às receitas da companhia.
Fonte: GeekWire