Apple é acusada e investigada por fixar preços de iPhones na Rússia
Por William Nascimento | 11 de Agosto de 2016 às 10h41
Esta semana, a Apple negou que tenha praticado a fixação de preços dos iPhone 6s e 6s Plus na Rússia após uma queixa perante autoridades de concorrência do mercado russo. A empresa norte-americana afirmou que os revendedores estabelecem seus próprios preços e não exerce qualquer influência nessa etapa da venda. A acusação, entretanto, alega que os smartphones de todos os 16 principais revendedores russos chegaram às prateleiras com o mesmo preço.
A queixa acredita que tal "coincidência" tenha sido orquestrada pela Apple. Cinco dos varejistas acusados já negaram qualquer envolvimento com um esquema de fixação de preços, mas o Serviço Federal Antimonopólios da Rússia (FAS) investiga o caso. Se for comprovado a prática pela Apple, a empresa poderá ser multada entre € 13.921 e € 69.608.
O FAS afirmou que analisa se a Apple obrigou revendedores russos a seguir os preços recomendados. O órgão disse que os varejistas tinham preços idênticos e os mantiveram neste nível por um certo período de tempo, incluindo outros modelos. De acordo com a última versão do relatório "Mapping the World's Prices", a Rússia tem o o 15º iPhone 6 mais caro do mundo. O preço médio no país é de US$ 695.
Em outro caso similar, no mês passado, a Apple começou a reembolsar vários clientes após vários tribunais norte-americanos terem condenado a empresa em um processo que a acusa de fixar os preços dos e-Books de sua livraria virtual.