Exército de Israel está testando HoloLens para uso em campo de batalha
Por Anderson Nascimento | 26 de Agosto de 2016 às 11h59
O HoloLens mescla imagens 3D com a visão real do usuário, oferecendo uma experiência imersiva incrível e que pode ser utilizada em áreas como games, educação e saúde. Ciente do potencial do dispositivo da Microsoft, o Exército de Israel quer utilizá-lo para uma outra finalidade: treinamento em campo de batalha. A ideia das Forças Armadas do país é coordenar tropas no campo de batalha exibindo informações oferecidas pela interface através da realidade aumentada.
O major Rotem Bashi, comandante do setor de programação do Departamento de Sistemas C2 do Exército Israelense, quer desenvolver a tecnologia para utilizá-la em treinamentos de soldados em campo e para melhorar a estratégia das tropas. "Nós conectamos todos os tipos de tecnologias e conceitos inovadores que vêm do mundo civil e tentamos adaptá-los o mais rapidamente possível ao uso militar", afirmou.
Alguns desenvolvedores da equipe comandada por Bashi criaram um software que permite que os comandantes possam manipular modelos de terreno militar e utilizar informações e dados de inteligência para supervisionar o posicionamento da tropa do ponto de vista do inimigo. Além disso, os mapas do campo de batalha são inseridos sobre o terreno real, criando uma combinação que torna possível interagir através da visão, da voz e de gestos.
A intenção das Forças Armadas de Israel é fazer com que o HoloLens, que passou a ser vendido para desenvolvedores em março por US$ 3.000, possa ajudar os soldados a detectar e corrigir falhas em seus equipamentos, bem como auxiliar médicos a cuidar de ferimentos com base em instruções fornecidas em tempo real por cirurgiões treinados. A unidade de Bashi também tem trabalhado em um sistema para entregar ao quartel-general um relatório online sobre o estado psicológico de cada soldado no campo de batalha.
O comandante espera poder adotar os óculos de realidade aumentada em poucos meses. "Em resumo, o mundo está caminhando nessa direção. Queremos entender como desenvolver esse tipo de aparelho e descobrir como ele pode nos impactar enquanto exército", explicou.
Fonte: Bloomberg