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Julian Assange diz que se entregará aos EUA, mas somente sob uma condição

Por| 16 de Setembro de 2016 às 10h23

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Julian Assange diz que se entregará aos EUA, mas somente sob uma condição
Julian Assange diz que se entregará aos EUA, mas somente sob uma condição

Vivendo desde 2012 na Embaixada do Equador em Londres, Julian Assange disse nesta sexta-feira (16) que se entregaria às autoridades norte-americanas, mas exigiu o cumprimento de uma condição: que o presidente Barack Obama perdoe Chelsea Manning.

Manning é um militar transgênero que atualmente está preso por ter acessado e divulgado ao WikiLeaks mais de 700 mil documentos sigilosos que deram origem ao "Cablegate". Ex-analista de inteligência do Exército dos EUA, Manning também foi a responsável pelo vazamento de um vídeo do ataque de um helicóptero a civis em Bagdá, em 2007. Seu erro foi ter contado o feito a Adrian Lamo, hacker que posteriormente o delatou ao governo norte-americano. Em julgamento secreto, Manning foi condenada a 35 anos de prisão.

Em uma publicação no Twitter oficial do WikiLeaks, Assange disse que trocaria a liberdade de Manning por sua rendição. Junto do tweet, também foi divulgado um link que leva a uma carta assinada pelo advogado de Assange, Barry Pollack. Nela, Pollack pede que o Departamento de Justiça dos EUA seja mais transparente em relação às investigações que conduz contra o WikiLeaks.

If Obama grants Manning clemency, Assange will agree to US prison in exchange -- despite its clear unlawfulness https://t.co/MZU30S3Eia — WikiLeaks (@wikileaks) September 15, 2016
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Ainda não se sabe se o governo norte-americano está levando a proposta de Assange a sério. Contatado pela CNN, o Departamento de Justiça alegou que não estava ciente de quaisquer ofertas vinda do exilado. O Daily Dot, por sua vez, ressalta que Obama tem, sim, o poder de trocar a pena de Manning, como já o fez em 575 outras ocasiões.

Ao que tudo indica, esta é uma das últimas cartadas de Assange, que cada vez mais se vê encurralado e sem qualquer chance de deixar a embaixada equatoriana em liberdade. Num relatório recente, o WikiLeaks afirmou que o estado mental de seu fundador está se deteriorando cada vez mais devido à situação. Nesta sexta-feira (16), a Corte de Justiça da Suécia manteve a ordem de detenção contra Assange alegando que ele "ainda é suspeito de estupro" e que existe o "risco de que escape de um processo judicial ou de uma condenação".

Fonte: The Verge, CNN, Daily Dot