Viber libera ligações gratuitas entre os EUA e países barrados por Trump

Donald Trump já anunciou suas primeiras medidas para endurecer as regras de imigração nos Estados Unidos, e a reação das empresas do Vale do Silício parece ter se formado em cadeia: depois de gigantes como Facebook, Apple, Google e Twitter terem se posicionado contra os atos do presidente americano, agora é a vez do Viber se mostrar favorável àqueles que vêm do Oriente Médio e da África para morar e trabalhar no país.

O aplicativo de chamadas anunciou, após a ordem de banimento de imigrantes do Irã, Iraque, Síria, Líbia, Sudão, Somália e Yemen, que vai oferecer ligações gratuitas para estes países — incluindo telefones fixos e celulares.

Em uma de suas páginas em seu site oficial, o Viber hasteia a bandeira de seu principal lema: conectar pessoas.

"Não importa quem são, ou de onde são. Na luz dos recentes acontecimentos nos Estados Unidos, estamos oferecendo chamadas gratuitas para telefones fixos ou móveis, entre Estados Unidos e Síria, Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Yemen, para que os afetados tenham agora uma barreira a menos para cruzar quando tentarem falar com seus entes ou amigos queridos".

Mesmo após tanta movimentação por parte da indústria tech em resposta às ordens de Trump, o presidente não parece ter se incomodado muito. Hoje ele tuitou o seguinte questionamento: "onde estava toda a indignação dos Democratas e da oposição (mídia) quando nossos empregos estavam fugindo do nosso país?". Horas depois, postou uma foto com vários membros do governo, afirmando que "O sonho americano está de volta. Vamos criar um ambiente para pequenas empresas como nunca tivemos em várias e várias décadas!".

Where was all the outrage from Democrats and the opposition party (the media) when our jobs were fleeing our country? — Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 30 de janeiro de 2017

The American dream is back. We’re going to create an environment for small business like we haven’t had in many, many decades! pic.twitter.com/ZuJNaN6z8b — Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 30 de janeiro de 2017

Fonte: Viber, Donald Trump (Twitter)