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Análise: o que há de novo no Nero 2014 Platinum?

Por| 30 de Setembro de 2013 às 11h10

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Análise: o que há de novo no Nero 2014 Platinum?
Análise: o que há de novo no Nero 2014 Platinum?

O Nero é uma suíte de aplicativos que está presente entre nós há tempos, sendo um nome bastante conhecido entre os usuários de PC de longa data. Foi um dos primeiros programas comerciais decentes para usuários trabalharem com CDs e DVDs, dando ao usuários controle total sobre como suas mídias deveriam se comportar. Bem, hoje tanto CDs quanto DVDs estão em baixa, superados pela popularização dos serviços via streaming, como Netflix e YouTube. Mesmo os BluRays estão com dificuldades de competir atualmente com esse novo modelo de mídia.

Se por um lado temos os serviços de streaming com todas as suas vantagens, dentre elas principalmente a praticidade e custo final, por outro temos um público bastante exigente sobre a forma de consumo de conteúdo, que prefere ajustar cada detalhe de sua biblioteca de mídias. Para atender a esse segundo grupo de pessoas, o Nero foi incorporando funções e módulos para que o usuário não precise ir atrás de um segundo programa para editar os seus filmes e suas músicas.

Na versão recém-lançada, a 2014 Platinum, não há uma diferença gritante de recursos em relação à versão anterior, a Nero 12, mas sim na forma como eles conversam uns com os outros. Se pudéssemos resumir o novo Nero em apenas uma palavra, com certeza seria integração, o que fica evidente com a nova tela inicial do programa, que agora abre em tela cheia e dá acesso a todas as opções. Naturalmente temos alguns features a mais, de forma que vamos dar uma visão geral do que há de novo. Confira!

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Suporte ao formato 4K (Ultra HD)

A cada dia que passa vemos um novo modelo de TV 4K sendo lançado. Para atender a esse público o Nero 2014 agora consegue trabalhar com vídeos e filmes nesse formato. Um ponto que devemos salientar é que ter uma máquina que consiga trabalhar com arquivos tão pesados é essencial, pois garantimos: o Nero não vai fazer nenhuma mágica, como habilitar o seu Intel Celeron a editar em 4K. Aliás, poucas máquinas atualmente possuem tantos cavalos-vapor para essa tarefa.

O Nero não é um Premiere Pro, ou Vegas ou Avid, sendo consideravelmente mais básico do que praticamente qualquer editor de vídeos do mercado. Em recursos, o editor de vídeos do Nero se compara bastante ao editor de vídeos do Camtasia, inclusive com o mesmo nível de intuição. O suporte a vídeos em 3D também foi melhorado e está mais transparente do que na versão 12, assim como o consumo de recursos do sistema. O Nero sempre foi conhecido por ser desnecessariamente pesado para as tarefas que faz – algo que ainda não está ideal, mas teve grandes avanços.

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BluRay Player

Este é um recurso valioso para quem usa o PC para assistir filmes na televisão. Além de um player que lê qualquer formato de vídeo, codec de áudio e arquivo de legenda, o BluRay Player é capaz de reproduzir arquivos separados dentro de um disco. Um BluRay, quando ripado, é composto por uma série de arquivos separados em diversas pastas, em geral em AVCHD ou M2TS, assim como diferentes streams de áudio e idiomas de legendas. Basta arrastar a pasta-mãe para o player que ele se encarrega do resto, organizando tanto o menu quanto os capítulos do filme/show.

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Media Home

Muitos de nós conectamos o PC à TV para reproduzir filmes, geralmente organizando nossos arquivos por pastas. O Media Home tenta dar uma mão para esses usuários, catalogando todas as músicas, filmes e imagens em um único programa. Sinceramente não gostamos do resultado, que ficou muito poluído (tudo bem que a máquina que utilizamos no teste tinha quase 2 TB de arquivos), sendo uma boa opção apenas para quem possui poucos arquivos no HD.

Converter vídeos

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Caso o usuário queira gerar um arquivo que seja executável em qualquer player de vídeo ou mesmo em um centro de mídia, há uma opção para juntá-los no Nero Recode, codificando-o no formato desejado. Como dissemos, o foco dessa versão é a integração, de forma que é possível editar o filme no Nero Video, abrí-lo no Nero Recode e, quando finalizá-lo, abrí-lo no BluRay Player ou gravá-lo em um disco BluRay virgem (se o drive estiver disponível na máquina) ou vários discos de DVD (vários mesmo, dependendo da qualidade do filme).

A versão 2014 Platinum traz perfis pré-definidos para quem quer converter filmes para assistí-los em um dispositivo móvel, como um smartphone ou tablet. No geral, não há nada de muito diferente do Format Factory, sendo praticamente um extra para quem já comprou o programa. O diferencial fica por conta do suporte a dispositivos específicos, como "iPad", "iPad Retina", "Nexus 10" e assim por diante, cada um com um perfil de tela diferente.

Para quem assiste filmes na hora de viajar, este é um recurso poderoso, já que dispositivos móveis não possuem armazenamentos generosos como PCs e notebooks. Em um teste simples, convertemos um filme de 9,3 GB em Full HD (x264, áudio 5.1 DTS HD) em um formato HD 720p stereo de cerca de 230 MB em apenas 1 hora e meia, isso sem perdas assustadoras de qualidade. Ao assistirmos o vídeo final, com legenda, no smartphone, as perdas de qualidade ficaram quase imperceptíveis.

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O que não mudou

Percebemos um polimento geral da interface, consumo de recursos do sistema e adição de recursos extras, mas alguns pontos não mudaram – ou mudaram pouco, em relação à versão anterior. Um deles é o Burning ROM, principal módulo do Nero. Basicamente é o mesmo da versão 12, o que não chega a ser um problema mas o torna menos interessante para quem pretende fazer o upgrade. Não nos levem a mal, o Burning ROM é excelente, mas bem que o Nero poderia atualizar a interface, não? É a mesma já há várias versões!

Outro ponto é a baixa velocidade do programa em geral. Rodamos o software em uma APU A10-5600K rodando a 4,4 GHz e 16 GB de memória RAM, configuração boa o suficiente para rodar qualquer tipo de programa sem grandes atrasos, mas que apanhava quando mudávamos de um módulo para outro. Essa é uma sina do Nero desde as primeiras versões, algo que acompanhamos de perto e até hoje não entendemos o motivo de máquinas consideravelmente rápidas apresentarem lentidão.

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Vale o upgrade?

Para quem possui o Nero 12 fica a pergunta: vale a pena fazer o upgrade? Estamos falando de US$ 55 (próximo de R$ 140) para quem já possui o programa, ou investir cerca de US$ 110 (algo como R$ 280) para quem quer comprar o Nero 14 Platinum pela primeira vez. Bem, o valor é alto, isso é inegável, mas tem um bom custo-benefício para quem quer uma suíte completa de programas de entretenimento.

Sendo bastante honestos, todos os recursos do Nero 14 podem ser encontrados em programas gratuitos na internet, mas com um considerável porém. Estamos falando de dezenas deles, um para editar vídeos, outro para gravar, outro de autoração, conversão... a lista é longa, e, claro, eles não conversarão entre si. Para quem quer um conjunto de ferramentas poderosas de manipulação de mídias, o Nero é um candidato ideal, com uma curva pequena de aprendizagem e suporte ao cliente, algo que não está disponível em programas gratuitos.