TIM começa operação com cobertura de small cells no ano que vem
Por Rafael Romer | 24 de Outubro de 2013 às 13h50
A TIM deve começar a operação com tecnologias de cobertura com small cells a partir do ano que vem, segundo afirmou Rodrigo Abreu, presidente da TIM Brasil. “Esse passa a ser agora um elemento fundamental no crescimento na arquitetura”, afirmou nesta quarta-feira (23), após sua apresentação durante a feira Futurecom, no Rio de Janeiro. O contrato com o fornecedor da tecnologia já foi fechado, mas a TIM ainda não confirma o nome da empresa.
Na tarde de hoje, durante a Futurecom, a empresa francesa de telecomunicações Alcatel-Lucent também realizou uma coletiva de imprensa na qual afirmou que está com dois contratos fechados para o fornecimento de tecnologia de small cells no Brasil, mas também não revelou o nome das operadoras.
Segundo Abreu, a tecnologia já deve ter seu primeiro rollout no ano que vem e fará parte da estratégia de infraestrutura da empresa na cobertura de grandes cidades. “É inviável você pensar que vai ser possível cobrir São Paulo, Rio, Curitiba, Brasília, só com macrocelular e antes de 10, 15, 20 metros”, explica. De acordo com ele, o licenciamento das torres, a concentração de uso e as atuais noções de ocupação de espaços urbanos já tornam as torres tradicionais impeditivos muito grandes. Na sua avaliação, a tecnologia de small cells avançou muito nos últimos dois anos, e agora permite uma rede que não ocasionará interferências com as redes já estabelecidas.
O presidente afirmou ainda que a TIM “certamente” participará do leilão da faixa de 700 MHz. Entretanto, assim como indicaram outras operadoras durante o evento, ele revela que a empresa ainda tem algumas incertezas quanto a isso, considerando difícil prognosticar qual será sua posição durante o leilão. “É preciso ter clareza quanto à limpeza do espectro ou então o custo da implementação pode acabar sendo maior do que o da própria licença”, afirma. “Vai existir um interesse, mas as condições têm que ser discutidas e estarem claramente definidas”.
A expectativa é que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vote até o final deste outubro qual será o destino da faixa de 700 MHz da rede 4G (LTE). O leilão deve acontecer em maio do ano que vem. Para a agência, o leilão da faixa deve permitir que as operadoras aumentem suas ofertas de 4G por meio da frequência de 2,5Ghz, que foi leiloada em junho do ano 2012.
Abreu também voltou a negar que exista um processo de compra da TIM pela Telefônica, o que já foi afirmado pela empresa através de nota oficial. Segundo ele, o que pode ocorrer é que, caso sejam afrouxadas algumas barreiras regulatórias do setor no Brasil, a Telefônica possa vir a aumentar sua participação no conselho de controle indireto da TIM Brasil, do qual faz parte.
“Para ter essa participação aumentada de controle, precisa-se resolver essa questão regulatória”, disse. “Não existe processo de venda e não existe interesse na venda da empresa hoje”. A Anatel também informou nesta semana que, até o momento, não recebeu nenhum pedido de compra da TIM pela Telefônica. Atualmente, a Vivo, controlada pela Telefônica, possui 28,7% do mercado de celulares no Brasil, contra 27,2% da TIM.