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Dispositivos mobile deixarão computadores para trás em 2014

Por| 08 de Janeiro de 2014 às 09h55

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Dispositivos mobile deixarão computadores para trás em 2014
Dispositivos mobile deixarão computadores para trás em 2014

De acordo com as previsões do instituto Gartner, 2014 será o fatídico ano em que os dispositivos móveis, como tablets ou smartphones, deixarão os computadores bem para trás. Segundo números revelados pela firma, 2,5 bilhões de aparelhos serão colocados no mercado, sendo que quase metade, ou 1,1 bilhão deles, funcionará com o sistema operacional Android.

A divisão se dará da seguinte forma: 1,9 bilhão de aparelhos portáteis e 600 mil desktops ou notebooks. A diferença gritante, de acordo com o Gartner, acontece devido ao domínio do que o instituto chama de “ultramobiles”, aparelhos como tablets ou celulares com telas gigantes, que podem muito bem fazer as vezes de computadores pessoais para os usuários.

O total de aparelhos disponibilizados no mercado em 2014 deverá superar em 7,6% o registrado no ano passado. Todos os segmentos apresentarão crescimento, com exceção do de computadores, que registrará queda de 7%. Os ultramobiles terão o maior aumento, com 54% mais dispositivos nas lojas, enquanto os smartphones terão pequena alta de 5%.

Falando novamente do Android, a expectativa do Gartner é que o sistema operacional do Google represente mais da metade dos aparelhos disponíveis no mercado até 2016. Para 2014, a parcela é de 45%, enquanto em 2013 o total registrado foi de 38%.

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Os números, é claro, acompanham uma maior adoção por parte dos usuários, com cerca de 1,9 bilhão deles ativos no mercado, enquanto a Apple conta com 682 milhões. Apesar do Gartner não divulgar oficialmente os totais relacionados a cada uma das plataformas, o diretor de pesquisa do instituto, Ranjit Atwal, confirmou ao site Tech Crunch que a Samsung está no topo desse mercado.

A velha rivalidade

A briga torna-se ainda mais acirrada quando se fala da disputa entre Apple e Microsoft. Apesar de estarem bem abaixo do total de dispositivos colocados no mercado com o sistema operacional Android, as duas empresas travam uma batalha particular no que toca o mercado de computadores, além de começarem a se digladiar também no mundo mobile.

Em 2014, a Microsoft deve colocar 360 milhões de dispositivos no mercado, sejam eles computadores com Windows ou celulares com o Windows Phone. A Apple, porém, vem se aproximando perigosamente da concorrente, apresentando uma expectativa de 344 milhões de aparelhos para o ano corrente. Boa parte deles roda iOS e deve representar 14% do total.

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O Gartner aponta para o fato que, apesar de ser a terceira colocada em número de equipamentos, a Apple é a empresa que mais fatura com esse mercado. Um feito que, em grande parte, é fruto da estratégia da empresa com aplicativos, um nicho no qual a companhia anunciou recentemente ter acumulado US$ 10 bilhões em vendas.

O campeão asiático

Como já vem acontecendo nos últimos anos, a China deve ser o território com maior influência nos números globais das companhias. De acordo com os dados do Gartner, essa é uma tendência que deve crescer a cada ano, com outros países fazendo parte dessa fatia. Até 2017, prevê o instituto, 75% das vendas globais de smartphones serão feitas em nações emergentes.

Isso se deve não apenas à alta densidade populacional de tais regiões, mas também à grande pluralidade de perfis presentes em tais territórios. A China, por exemplo, concentra hoje dois dos maiores grupos de interesse para as fabricantes de celulares: os viciados em tecnologia, que sempre querem possuir as grandes novidades, e aqueles que não estão dispostos a gastar muito mas também desejam aparelhos potentes.

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A fatia de mercado dos que buscam aparelhos simples e ainda utilizam celulares apenas para falar e trocar mensagens também deve ser levada em conta, apesar de não ser tão interessante para as empresas. Por mais que tal segmento constitua altos números de vendas, o setor também gera pouco lucro para as companhias justamente pelo preço baixo dos aparelhos disponíveis no mercado.