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China está trocando Windows XP pelo Ubuntu

Por| 17 de Fevereiro de 2014 às 15h35

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China está trocando Windows XP pelo Ubuntu
China está trocando Windows XP pelo Ubuntu

A Microsoft está se preparando para encerrar o suporte oficial do Windows XP, marcado para o dia 8 de abril de 2014, após mais de 13 anos em funcionamento. A expectativa da empresa é ver os sistemas de todo o mundo e, principalmente, os clientes empresariais, migrando para versões mais recentes do sistema operacional. O que está acontecendo, porém, é uma corrida em busca do código aberto.

Companhias da Espanha, Alemanha e, principalmente, China, estão preferindo adotar o Ubuntu e manter o mesmo hardware já existente, em vez de investir em novas máquinas para usar as edições mais recentes do Windows. E a oportunidade, claro, está sendo aproveitada pela Canonical, que já lançou uma versão de seu sistema operacional adaptada especialmente ao público chinês.

O Ubuntu Kylin, como é chamado, já acumula mais de um milhão de downloads e foi desenvolvido em uma parceria com o governo chinês, por meio de seu ministério da indústria. A iniciativa veio após dois pedidos negados pela Microsoft, conforme relatado pelo site ZDNet: a continuidade do suporte do XP na China por mais algum tempo e o retorno das versões mais baratas do Windows 7, que eram vendidas como um incentivo ao upgrade. Como nenhum dos dois foi atendido, o país optou pelo software livre.

Os números ainda são baixos quando se leva em consideração o total da população chinesa – mais de 1,35 bilhões – mas, para a Canonical, representa um grande passo. Os chineses têm uma tendência a obter seus sistemas operacionais já instalados nos computadores, portanto, a marca de 1 milhão de downloads do Ubuntu Kylin mostra que o público está disposto a fazer as alterações por si mesmo.

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Além disso, a parceira garante a entrada do sistema nos órgãos governamentais chineses. Aqui, porém, há uma polêmica: a versão do Linux está de acordo com todos os princípios de censura e cerceamento de acesso praticados pelo país, algo que, para muitos, vai contra os próprios princípios do software livre.

A união parece estar gerando cada vez mais frutos e o Ubuntu Kylin está caminhando para se tornar o sistema operacional “oficial” da China. Tal constatação ganhou ainda mais força após o anúncio do fechamento súbito dos escritórios que desenvolviam o Red Flag Linux, outro sistema operacional que também recebia financiamento governamental.