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Robôs humanoides 'sociáveis' serão mais interativos com os humanos

Por| 10 de Março de 2014 às 07h45

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Robôs humanoides 'sociáveis' serão mais interativos com os humanos
Robôs humanoides 'sociáveis' serão mais interativos com os humanos

Desde que o Google adquiriu oito empresas especializadas em inovações na área de robótica, em dezembro do ano passado, os meios de comunicação da área de tecnologia se perguntam: estamos à beira de uma revolução robótica? A inquietação começou, segundo reportagem do Phys.org, quando a gigante da Internet adquiriu a Meka Robotics, fundada por dois importantes nomes da Ciência da Computação e Inteligência Artificial, Aaron Edsinger e Jeff Weber.

Iniciando suas atividades em 2006, a Meka se especializou no desenvolvimento de robôs humanoides, os quais atualmente já ocupam postos de trabalho ao lado de seres humanos em ambientes cotidianos, incluindo fábricas e laboratórios de pesquisa. Baseada no trabalho de seus fundadores no MIT, a empresa criou braços e mãos que simulavam os membros de um homem adulto, assim como cabeças, torsos e sistemas de corpo inteiro.

Um dos modelos mais notáveis que a empresa já criou é o M1, um humanoide robótico de US$ 340 mil capaz de levantar e transportar objetos. A cabeça do robô é equipada com uma câmera Kinect 3D e outras câmeras digitais, o que o ajuda a detectar objetos. Além disso, sua base é uma plataforma omnidirecional com um elevador mecânico que permite que o tronco se mova verticalmente. Hoje, o hardware e o software do modelo M1 são usados por dezenas de pesquisadores em avançadas pesquisas no ramo da robótica.

“Estas são as plataformas para o desenvolvimento de algoritmos para manipulação celular, robótica social e interação humano-robô”, diz Aaron Edsinger, que antes da transação com o Google ocupava o cargo de diretor-executivo da Meka.

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Outras aquisições recentes do Google incluem outra empresa cujos criadores vieram do MIT, como a Boston Dynamics, fabricante de robôs militares, e a Redwood Robotics, uma joint venture formada pela própria Meka Robotics e outras duas empresas do ramo: Willow Garage e SRI International.

A Redwood Robotics foi criada especificamente para aprimorar os braços dos robôs criados pela Meka. Com as aquisições do Google, Edsinger acredita que a inovação na área está prestes a experimentar uma ascensão. “Minha esperança”, diz ele, “é que vejamos tanta energia e esforço agrupados em startups de robótica nos próximos 10 anos como temos visto nas mídias sociais nos últimos dez”.

M1 Manipulator, da Meka Robotics

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Estética e engenharia

Enquanto a tecnologia dos robôs da Meka era novidade até meados de 2000, o que continuou a definir a empresa para além do cenário robótico “foi projetar robôs em escala humana cujo era uma embalagem estética”, diz Edsinger. Foi o que influenciou outro modelo da empresa, o S2 Humanoids Heads, projetado com olhos expressivos e “ouvidos emotivos”. Tais elementos foram usados para construir robôs “sociáveis”, algo que contou com a participação pesquisadores de todo o país.

Outro modelo, chamado de “Simon”, inclui uma cabeça humanoide com liberdade de movimentos de 13 graus, olhos, pálpebras e orelhas que se movem de forma independente. O protótipo também transmite sinais não-verbais através de movimentos realistas da cabeça, o que inclui contato visual com piscadas de olhos.

Edsinger e Weber trabalharam no Grupo de Robótica Humana do MIT, conduzido pelo professor e empresário Rodney Brooks, criador da iRobot e da Rethink Robotics. Depois de concluir o pós-doutorado no laboratório, Edsinger mudou-se para São Francisco e fundou, ao lado de Weber, a Meka Robotics. Em apenas nove meses e alguns bons contratos, a empresa lançou seu primeiro braço robótico comercial. A empresa continuou o trabalho criando braços, mãos, cabeças, troncos e bases.

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Durante cinco anos, antes de ingressarem no MIT, Edsinger e Weber foram artistas plásticos em São Francisco, construindo esculturas antropomórficas robóticas para apresentações teatrais. “Como artistas, nós valorizamos a estética, o design e a interação humana, e como esses sistemas robóticos relacionam com as pessoas”, diz Edsinger. “Essa mentalidade que temos entrou no MIT e aprendeu com a engenharia”.