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O que há de novo no Ubuntu 14.04 (Trusty Tahr)?

Por| 25 de Abril de 2014 às 11h36

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O que há de novo no Ubuntu 14.04 (Trusty Tahr)?
O que há de novo no Ubuntu 14.04 (Trusty Tahr)?

A versão 14.04 do Ubuntu, conhecida como Trusty Tahr (que em inglês significa algo como "cabra de confiança"), foi anunciada nesta última semana pela Canonical e já a instalamos em uma máquina para testar seus novos recursos.

Essa versão em especial traz um ponto muito interessante para um bom número de usuários: o suporte estendido (LTS - Long Term Support), que garante atualizações de segurança por 5 anos a partir da data de lançamento, ou seja, o Ubuntu 14.04 será suportado até 2019, ao invés dos 9 meses padrão das versões não-LTS.

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Olha aí um verdadeiro "Trusty Tahr"

Já adiantamos que não ocorreram mudanças muito drásticas em relação à versão anterior (a 13.10 Saucy Salamander), mas sim um polimento geral dos recursos já presentes. Por exemplo, o Unity, interface gráfica do Ubuntu, melhora a cada versão e fica mais bonita ao mesmo tempo em que pesa menos na configuração da máquina. Instalamos essa versão em um notebook com processador Intel Core i5-3230M e 12 GB de memória RAM e não observamos travamentos nem engasgos, sendo que os gráficos estavam rodando na GPU onboard Intel HD 4000 (ele não reconhece automaticamente a GPU dedicada Radeon HD 8850M).

X Window e Unity 7

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Mark Shuttleworth, fundador da Canonical, empresa por trás do desenvolvimento do Ubuntu, fala há algum tempo sobre a convergência de plataformas, algo que exige dois elementos que ainda não estão maduros o suficiente: o Mir, gerenciador de janelas que eventualmente irá substituir o X.org (utilizado desde 1986), e o Unity 8. Ambos ainda não estão prontos pois os esforços da Canonical foram direcionados para o Ubuntu voltado para smartphones e tablets. Por esse motivo, dificilmente veremos essa convergência acontecer antes de 2015 ou 2016.

Para esta versão em específico, o Ubuntu veio equipado com o Unity 7 e o X.org 15.01, o que não chega a ser uma notícia ruim, já que, por se tratar de uma versão LTS, quanto mais compatibilidade, melhor. Acreditamos que tanto o Mir quanto o Unity 8 virão apenas na próxima versão LTS (16.04), que daria tanto para o aperfeicoamento de ambos como também permitiria dedicar mais tempo ao Ubuntu para dispositivos móveis.

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Suporte para telas de altíssima resolução

Um dos pontos que nos chamou mais atenção é o excelente suporte a telas de altíssima resolução dessa nova versão do Ubuntu. Inclusive, há perfis pré-definidos, seguindo o padrão dos modelos mais avançados atualmente:

  • 2880x1800: MacBook Pro Retina de 15 polegadas;
  • 2560x1600: Macbook Pro Retina de 13 polegadas;
  • 3200x1800: Samsung Ativ Book 9 Plus e também de boa parte dos notebooks mais avançados que rodam Windows e 8 e 8.1;
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Basta mover a escala para chegar nos perfis pré-definidos, indo para valores cada vez menores (0,85, 0,75 e assim por diante) quanto maior a densidade de pixels da tela. Esse recurso, conhecido como HiDPI, é uma mão na roda para quem quer instalar o Ubuntu no Macbook Retina ou máquinas com Windows mais avançadas sem ter que recorrer a configurações mais avançadas, já que agora o suporte é nativo.

Scopes

Quando o Windows 8.1 foi anunciado, o que nos chamou a atenção foi a busca verdadeiramente global introduzida na Charms Bar, que fazia pesquisa sobre determinado assunto não somente no PC, mas em algumas fontes na internet, como o Bing. No Ubuntu, esse conceito recebe o nome de Scopes e, acreditem, é extremamente mais sofisticado do que o Windows. Nessa versão 14.04 LTS ele foi polido, melhorado e ampliado com novas fontes e funcionamente mais liso.

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Alguns dos mecanismos de busca suportados pelo Ubuntu 14.04 LTS

Esse é um recurso verdadeiramente útil para fazer pesquisas globais, selecionando fontes onde é interessante realizar pesquisas sem nem mesmo abrir o navegador, como Wikipedia e Amazon, ou mesmo em vários mecanismos de buscas ao mesmo tempo, como Google, Bing e DuckDuckGo. Depois de um tempo usando o Scopes ele passa a fazer parte do dia a dia do usuário, já que é uma ferramente e tanto para pesquisar sobre qualquer assunto.

Desempenho

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Como dissemos anteriormente, instalamos o Ubuntu 14.04 LTS em um Ativ Book 6 com processador Intel Core i5-3230M, 12 GB de memória RAM e gráficos integrados Intel HD 4000. A GPU offboard não foi reconhecida automaticamente e ainda não instalamos os drivers Catalyst proprietários da AMD, de forma que o processamento gráfico fica por conta somente da placa onboard. Mesmo assim, essa é uma configuração que dá e sobra para rodar o Ubuntu (qualquer distro GNU/Linux, na verdade), e o desempenho geral corresponde ao que esperávamos.

Por padrão, o Ubuntu 14.04 LTS usa os gráficos Intel HD onboard e não reconhece a placa de vídeo offboard AMD Radeon HD 8850M

Porém, vale a pena destacar que o Unity está perceptivelmente mais leve, algo que não acontecia nas primeiras versões, onde mesmo configurações bem mais avançadas apresentavam lag para abrir o dash, ou mesmo realizar pesquisas no Scopes. Muitos usuários acabaram rejeitando o Unity por conta disso, outros por uma série de outros motivos, mas finalmente a Canonical consertou essa falha.

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A necessidade de processamento em idle está um pouco menor. Ótima notícia para a bateria.

Outro ponto é que as notas de lançamento dizem que o Control Center foi construído do zero. Bom, o visual é exatamente o mesmo das versões anteriores, mas ele aparenta estar melhor integrado com o sistema em geral e permite o refinamento da interface com alguns alguns poucos recursos extras, onde a diferença real é que o usuário não precisa instalá-lo na Ubuntu Software Center, pois já vem instalado por padrão.

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Basta escalar o display em resoluções maiores para chegar aos perfis de telas com maior DPI

Por último, destacamos o que a Canonical chama de "menus locais integrados". Quem já utilizou o Unity sabe que as funções dos programas ficam na barra superior, ao estilo Aqua do Mac OS X, e as pequisas globais acrescentam uma fução importante: ao pesquisar no Dash com um programa aberto (digamos o GIMP), ela é realizada dentro das opções do próprio programa.

Mudanças pontuais

Abaixo temos uma lista das principais mudanças do Ubuntu 14.04:

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  • Kernel 3.13 por padrão;
  • Suporte a displays com resoluções maiores (HiDPI);
  • Melhor integração do Unity (incluindo Scopes, Control Center, menus locais e melhorias de performance do Dash);
  • Remoção completa das bordas dos programas, substituídas por um leve sombreamento;

Versão do Kernel e do Unity

Softwares:

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  • Firefox 28;
  • LibreOffice 4.2.3;
  • Nautilus 3.10 (gerenciador de arquivos);
  • Empathy 3.8.6 (cliente de IM);
  • DejaDup 30 (backup);
  • Transmission 2.82 (torrent);
  • Thunderbird 24.4

Só sentimos falta mesmo do GIMP instalado por padrão.

Conclusão: fim do suporte ao Windows XP?

Muitos usuários e empresas estão passando por uma dolorosa transição de sistemas com o fim do Windows XP. Com esta versão do Ubuntu, que conta não só com maturidade e estabilidade excelentes para qualquer cenário como também suporte extendido de 5 anos por ser uma versão LTS (e pode ser trocado por por outras duas versões LTS dentro desse período: a 16.04 e 18.04), por que não substituir do XP pelo Ubuntu? Ele está no mesmo patamar de sofisticação do Windows 7, 8 e 8.1 e ainda é gratuito. Por isso, essa é uma opção fortíssima a ser considerada.

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