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NASA explica por que a Brazuca é a melhor bola de futebol de todos os tempos

Por| 17 de Junho de 2014 às 10h45

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Divulgação
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Não tem outra: o assunto do momento é a Copa do Mundo 2014 que está acontecendo no Brasil. E assim como em qualquer outro jogo de futebol, os jogadores se submetem a uma série de treinos e testes que colocam à prova sua resistência física. Mas o que muita gente não sabe é que não basta ter um óimo condicionamento físico: a bola usada no gramado também é um fator decisivio na hora da partida.

E para mostrar que as bolas usadas no futebol não são todas iguais, nada melhor que um estudo científico sobre elas, não é verdade? Pois foi exatamente isso que engenheiros da NASA fizeram. Os pesquisadores da agência espacial norte-americana publicaram na última semana um relatório que detalha algumas características da Brazuca, a bola oficial da Copa desenvolvida pela Adidas. O veredicto foi unânime: ela é muito mais estável e previsível que a Jabulani, bola da Copa do Mundo da África, de 2010.

A própria NASA brinca com o fato de que não é especialista na criação de bolas de futebol, mas que a Copa é uma boa oportunidade para explicar os conceitos de aerodinâmica presentes na Brazuca. A agência relembra que a aerodinâmica é uma área da física que estuda como o ar e os líquidos fluem em torno de objetos. No caso da Jabulani, que ficou conhecida por seus movimentos imprecisos e quase "sobrenaturais", um chute mais fraco ou mais forte poderia causar uma trajetória incerta para a bola. Esse "sistema" facilitou bastante o trabalho dos atacantes, mas complicou a vida dos goleiros.

Todos esses problemas acabaram com a Brazuca. A Adidas trabalhou com centenas de jogadores para criar a melhor bola de futebol, acrescentando melhorias para ela ficar mais estável. Para se ter ideia, uma bola tradicional possui 32 painéis – aqueles hexágonos que unem o objeto como um todo –, enquanto a Jabulani possui oito. Já a Brazuca tem apenas seis painéis e uma metragem de costuma maior e mais profunda que sua antecessora, fatores estes que tornam a bola mais aerodinâmica.

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(Foto: Divulgação/NASA)

Além disso, a Brazuca é feita de um material mais rugoso que cria uma proteção em seu entorno e diminui a resistência do ar. Isso faz com que a bola tenha um trajeto de voo mais previsível e menos veloz, ao contrário das bolas com superfície lisa, que atingem velocidades incertas que podem prejudicar uma cobrança de falta ou pênalti. "Existe uma fina camada de ar que se forma perto da superfície da bola que é crítica para o desempenho dela", destaca Rabi Mehat, chefe do laboratório da NASA.

Os estudos com a Brazuca foram realizados em um túnel de vento que avaliou principalmente a oscilação da bola. Ela também foi colocada em um tanque de água para analisar como os fluídos se comportam ao entrar em contato com ela de acordo com a velocidade do objeto. "Os jogadores devem estar mais felizes com a nova bola porque ela é mais estável no ar", disse Mehat.

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No vídeo abaixo, os engenheiros mostram os testes com a Brazuca. Assista: