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Brasil é o país latino com mais ciberameaças no primeiro semestre de 2014

Por| 19 de Agosto de 2014 às 16h58

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Foto:asharkyu/Shutterstock

O Brasil foi o país latino que mais registrou ciberameaças no primeiro semestre de 2014, apontam dados da Kaspersky Lab, revelados durante o 4º Encontro de Analistas de Segurança para a América Latina da Kaspersky Lab, realizado entre 17 e 20 de agosto, em Cartagena, Colômbia.

Segundo os dados, o Brasil teve quase 11 milhões de ataques baseados na web, tentando infectar 29,6% dos usuários de produtos da empresa. O país também apresentou a maior taxa de ameaças locais: 43% dos usuários tiveram que lidar com 32 milhões de incidentes no período analisado. O Peru aparece em segundo lugar, com 39,8% dos usuários afetados por ameaças locais. Em terceiro aparece o México, com 25% dos usuários relatando malwares na web.

O Brasil também é o líder na América Latina quando analisada a hospedagem de sites mal-intencionados. A Kaspersky Lab relatou mais de 1,8 milhão de hosts no país usados para realizar ataques contra usuários do mundo inteiro. O número coloca o Brasil no 24º lugar mundial.

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A principal fonte de informação dos analistas é o serviço de nuvem da Kaspersky Lab, no qual puderam detectar a presença de malware e spam. Segundo os resultados, muitas das ameaças foram relacionadas com a Copa do Mundo, com bancos sendo os principais alvos. A grande quantidade de turistas do país também ajuda a explicar o alto número de ciberataques do período.

Segundo Dmitry Bestuzhev, Chefe da Equipe Global de Análise e Pesquisa da Kaspersky Lab para a América Latina, além das ameaças tradicionais como uso de portas USB e redes locais, estão se difundindo os malwares para dispositivos móveis com foco nas transações financeiras, voltados tanto para usuários domésticos como para empresariais.

Para a Kaspersky Lab, os números locais são pequenos se comparados com as tendências globais. Os hospedeiros maliciosos baseados na América Latina representam, em termos globais, menos de 0,3% do total. Em compensação, o Brasil se tornou líder global no número de trojans bancários. No segundo trimestre do ano, foram identificadas 87,5 mil tentativas de executar um malware financeiro, quatro vezes mais que na Rússia, que aparece em segundo lugar.

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Os trojans bancários com URLs de bancos online na AL estão entre as principais ameaças na região, com o setor bancário sendo alvo de cibercriminosos e quadrilhas internacionais.

Durante o primeiro semestre, as principais campanhas de spam na América Latina foram relacionadas com a Copa do Mundo, oferecendo ingressos falsos e direcionando para páginas de phishing e trojans bancários.

A Kaspersky Lab identificou no primeiro semestre do ano quatro vezes mais incidentes envolvendo malware móvel do que no mesmo período do ano passado. Na área móvel, uma das principais formas de se chegar às vítimas é por trojans-SMS, com mensagens de dispositivos infectados.

Entre os aplicativos que são mais usados para ameaças estão: Java, VLC Player e os players de mídia Winamp, WinRAR e Adobe Reader/Acrobat, sendo que as atualizações destes softwares ainda são problemas para usuários domésticos e corporativos.