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Após dois anos em Marte, veja como está o robô Curiosity da NASA

Por| 26 de Agosto de 2014 às 14h00

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Washington Times
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A corrida espacial para habitarmos outros locais do universo já começou, e Marte é o primeiro destino. Mas enquanto nós, humanos, não conseguimos alcançar o planeta vermelho, o jipe-robô Curiosity está lá há dois anos colhendo amostras do solo para ajudar os estudos dos cientistas aqui na Terra. E como será que a sonda da agência espacial americana tem se saído no ambiente marciano?

Exposta a terrenos rochosos, dunas, radiação e tempestades de poeira, a Curiosity sofreu alguns danos irreversíveis nos últimos 24 meses, desde que pousou em Marte, que podem encurtar o tempo total da missão. O que mais preocupa os pesquisadores da NASA é um buraco em uma das seis rodas do veículo, identificado no 411º dia marciano – cada dia em Marte é chamado de "sol", e dura 24h39, ou seja, 39 minutos a mais do que as 24h de um dia terrestre. Atualmente, o jipe está em seu 724º sol.

De acordo com a NASA, o buraco foi causado por dois fatores: o primeiro é o desgaste do material em solo marciano; o segundo são rochas pontiagudas que não eram deslocadas conforme o movimento da Curiosity porque estavam firmemente fincadas no chão. Cada roda é feita de uma fina camada de alumínio com 0,75 mm de espessura, que por sua vez se distorce em função do peso do jipe e da dureza do solo. O problema é que esse processo tem enfraquecido o metal e, consequentemente, prejudicado a locomoção do veículo.

"Quando vimos essas imagens, vimos um buraco que era bem maior do que esperávamos. Não se encaixava em nada que havíamos visto em nossos testes. Não sabíamos o que o estava causando", comentou Matt Heverly, piloto do veículo no Jet Propulsion Laboratory (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA.

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Até agora, não houve nenhum tipo de obstrução no caminho da Curiosity, que continua sua missão. Contudo, a agência espacial acredita que o furo em uma das rodas tende a aumentar com o tempo, o que poderá comprometer novos estudos em solo marciano. Por isso, os pilotos do jipe (aqui na Terra) tem alterado o trajeto do aparelho para rotas consideradas mais seguras, além de algumas vezes optarem por conduzir a sonda de ré para evitar comprometer ainda mais as rodas dianteiras.

Apesar dos esforços dos cientistas, é provável que a Curiosity seja aposentada mais cedo do que o previsto, antes mesmo até do próximo jipe da agência pousar em Marte. Programado para 2020, o novo equipamento está sendo desenvolvido com diversos aprimoramentos tecnológicos, entre elas uma série de melhorias que tornarão o veículo mais resistente para evitar novos problemas.

A Curiosity pousou no planeta vermelho em agosto de 2012 com o objetivo de chegar a uma área conhecida como Yellowknife Bay, onde está localizada a Cratera Gale. A partir daí, o robô fez diversas descobertas que intensificam a teoria de que Marte já abrigou vida, incluindo um antigo leito de curso de água. O robô agora está na última fase de sua missão rumo ao Monte Sharp, uma região com 5.500 metros de altura localizada no centro da Cratera Gale. É lá que o veículo deve encontrar mais evidências de como o planeta marciano foi capaz de abrigar vida em seu passado.

Veja abaixo algumas fotos publicadas pelo The Verge que mostram o desgaste da sonda Curiosity ao longo dos últimos dois anos em Marte (e seus "sóis"):

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Sol 3/Sol 689

Sol 60

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Sol 711

Sol 34

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Sol 591

Sol 84

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Sol 613