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Gartner revela o que o futuro reserva para empresas e usuários de TI

Por| 21 de Outubro de 2014 às 16h40

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Gartner revela o que o futuro reserva para empresas e usuários de TI
Gartner revela o que o futuro reserva para empresas e usuários de TI

A famosa empresa de pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia Gartner revelou nesta semana quais são suas previsões para as empresas e usuários de TI a partir de 2015. As dez previsões, que focam principalmente na mudança das relações entre o homem e a máquina, serão debatidas pela empresa no Sypomsium/ITxpo 2014, que acontecerá entre os dias 27 e 30 de outubro, em São Paulo.

Para Cassio Dreyfuss, diretor da conferência, vice-presidente e líder de pesquisas do Gartner para o Brasil, as antevisões são importantes porque "as máquinas têm, cada vez mais, características humanas para influenciarem um relacionamento mais personalizado com as pessoas". Pensando nisso, Dreyfuss defende que "em um futuro próximo, contemplaremos um mundo em que máquinas e humanos serão colegas de trabalho e, possivelmente, ainda mais dependentes um do outro".

Confira as principais previsões do Gartner principalmente no que tange as ideias de cooperação máquina-homem e crescimento:

1. Empresas digitais demandarão 50% menos de trabalhadores em processos de negócios

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Segundo a empresa de consultoria, até 2016, 50% das iniciativas de transformação digital serão incontroláveis em virtude da falta de habilidade de gerenciar portfólios, o que pode levar a uma perda de participação no mercado.

A evolução de meios de comunicação como redes sociais e de tecnologias móveis também está conduzindo a uma mudança no comportamento dos consumidores. Não demorará muito para que, por exemplo, as geladeiras contem com robôs que registrem o que está faltando em nossas casas e façam pedidos automaticamente. Esses pedidos, por sua vez, serão entregues por drones nas portas de nossas casas, eliminando a necessidade de funcionários nos mercados e motoristas para fazer as entregas.

Pensando nisso tudo, o ambiente de empresas digitais vai mudar profundamente, principalmente no que diz respeito ao negócio. Os trabalhadores, por outro lado, precisarão dominar competências mais avançadas.

2. Novas empresas digitais disruptivas serão concebidas por algoritmos de computador

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Os analistas do Gartner indicam que, até 2017, as ofertas públicas iniciais com maior valor envolverão empresas que combinam mercados digitais com logísticas para desafiar ecossistemas de negócios legados e puramente físicos. São exemplos desse novo modelo o Uber e a Airbnb, que estão tirando o chão dos transportes e dos hotéis e mostrando que a economia mundial ficou madura o suficiente para a disrupção digital.

Segundo o Gartner, ideias para bons negócios poderão não surgir mais de reuniões despretensiosas como esta, mas de poderosos algoritmos computacionais que auxiliarão na concepção de empresas digitais disruptivas (Imagem: Reprodução)

Graças ao desafio imposto pelas complexidades regulatórias e do mercado, essas empresas tendem a formar monopólios e, antes dos cinco anos de idade, acabam atraindo montantes de investimento cada vez maiores.

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3. Máquinas inteligentes e serviços industrializados reduzirão custo total de propriedade das operações de negócio em 50%

As empresas digitais estão evoluindo à medida que as necessidades dos clientes por produtos e serviços mais rápidos, baratos e melhores, disponíveis a qualquer hora, em qualquer lugar e em qualquer canal cresce. E é justamente esse movimento que está fazendo com que todas as operações de cadeia de suprimentos mudem do antigo paradigma "voltado ao trabalho" e "viabilizado pela tecnologia" para um modelo "voltado ao digital" e "viabilizado para humanos".

Apesar disso, as máquinas não substituirão os humanos, pois somente eles têm a capacidade de interpretar os resultados digitais. Todavia, elas vão desalojar a complacência, a ineficiência e vão acrescentar uma tremenda velocidade às operações de negócios. Devido a isso, as intervenções manuais serão minimizadas e permitirão que os consumidores se sirvam sozinhos.

4. Graças a crescente adoção de tecnologia sem fio para monitoramento da saúde, expectativa de vida aumentará em meio ano nos próximos 6 anos

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Tecnologias como as empregadas nos atuais relógios inteligentes representam uma grande promessa por conseguirem monitorar como nosso organismo está funcionando. Adesivos sem fio de monitoramento cardíaco, camisetas inteligentes e sensores em acessórios não apenas nos monitoram com precisão, como transmitem todas essas informações por conexão sem fio.

Tecnologias como o Apple Healthkit contribuirão enormemente para o aumento da expectativa de vida da população. Graças a elas, médicos e pacientes poderão estar conectados o tempo todo, num monitoramento que ocorrerá em tempo real (Imagem: Reprodução)

Esses dados, por sua vez, serão correlacionados com grandes repositórios de informações baseados em nuvem para gerar ações aprovadas e, portanto, fornecerem acesso contínuo dos pacientes aos médicos. A estimativa é que os custos com cuidados com a diabetes, por exemplo, sejam reduzidos em 10% até 2017 - tudo graças ao uso de smartphones e smartwatches com essas tecnologias.

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5. Nos EUA, engajamento dos clientes de mobilidade impulsionará faturamento do comércio móvel em 50% das receitas do e-commerce

O anúncio do Apple Pay fará com que o próximo ano reacenda o interesse dos usuários e empresas pelos pagamentos móveis e catapulte o comércio móvel.

Graças a isso, cada vez mais fabricantes de dispositivos e desenvolvedores de aplicações buscarão melhorar a usabilidade e funcionalidade de seus produtos para atender às preocupações dos usuários, sobretudo com a segurança. Com esse movimento, clientes que têm smartphones e tablets como sua principal plataforma de comunicação exigirão cada vez mais que os provedores de serviços e os varejistas atendam às suas expectativas de experiências de comércio conectadas e indiferentes aos canais.

6. Em dois anos, US$ 2 bilhões em compras serão feitas por intermédio de assistentes digitais móveis

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Assistentes digitais virtuais como a Siri, Cortana e Google Now vão cuidar de processos táticos triviais para nós como anotar nomes, endereços e informações de cartões de crédito.

Num futuro próximo as assistentes digitais deixarão de fazer tarefas simples e passarão a executar procedimentos cada vez mais complexos, como compras automáticas para reabastecer a dispensa da sua casa (Imagem: Reprodução)

Até 2016, as atividades que essas assistentes desempenharão serão ainda mais complexas, abrindo caminho para que elas nos ajudem - ou até mesmo façam sozinhas - a comprar cerca de US$ 2 bilhões em mercadorias todos os anos.

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7. Processos instáveis e projetados para mudar conforme as necessidades dos clientes serão a base do sucesso de 70% das empresas digitais

A inovação dos processos considerados "super manobráveis" será responsável pelo surgimento de processos deliberadamente instáveis, projetados para mudanças e que podem se ajustar dinamicamente de acordo com as necessidades dos clientes.

Esses processos se tornarão vitais por sua agilidade e adaptabilidade diante das necessidades de mudanças dos clientes e logo representarão um diferencial competitivo por fornece suporte às interações dos clientes.

E é justamente esse enfoque holístico, que mistura modelo de negócio, processos, tecnologia e pessoas que vai alimentar o sucesso da empresa digital e alavancar os conceitos de liquidez organizacional.

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8. Metade dos investimentos em produtos de consumo será redirecionado para inovações na experiência dos consumidores

Em muitas indústrias, a hiperconcorrência desgastou as vantagens de produtos e serviços tradicionais, fazendo com que a experiência dos clientes seja o novo campo de batalha. Hoje, essa também é uma realidade nos mercados de produtos de consumo, que enfrentam pressões desproporcionais de produtos básicos à medida que o acesso dos consumidores às informações de preços e produtos através, sobretudo, de canais sociais minam a fidelidade às marcas.

Para contornar esse problema, a expectativa é que se invista cada vez mais na inovação da experiência dos clientes para que eles permaneçam fiéis a uma marca, produto ou serviço.

9. Ofertas de produtos personalizados serão criadas usando impressão 3D por quase 20% dos varejistas online

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À medida que o tempo passa, os consumidores estão querendo cada vez mais controlar os recursos e capacidades dos produtos, querendo que eles deixem de ser "configuráveis" e passem a ser "personalizados".

Embora ideias como o MotoMaker da Motorola representem um grande avanço no sentido de deixar o usuário configurar como seu smartphone será, a próxima grande inovação ficará por conta das impressoras 3D e a possibilidade de "personalização" de uma série de produtos de acordo com o gosto de cada um (Imagem: Reprodução)

Tendo isso em vista, os varejistas online estão apostando cada vez mais nas impressões tridimensionais para desenvolver capacidades para trazer os consumidores mais próximos da experiência de design/projeto. Quem conseguir antecipar a organização de uma estratégia nesse sentido acabará definindo o espaço nessas categorias. O grande desafio, aqui, será revolucionar a forma como a automação ocorre, o que pode exigir, inclusive, sistemas de negócio completamente novos.

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10. Vendas de empresas de varejo que usam mensagens dirigidas combinadas aos sistemas internos de posicionamento crescerão em 5%

O contexto tem cada vez mais importância nas propagandas móveis e viabilizam anúncios altamente direcionados com base em compras recentes, hábitos de compra, cidade de residência e interesses. Entre todos esses dados, o mapeamento desponta como o mais importante deles, já que tem um potencial de uso ainda não explorado pelos comerciantes digitais.

Recentemente, no entanto, sistemas de posicionamento interno se tornaram mais viáveis e, em vez de usar satélites, estão usando faróis Bluetooth e pontos de acesso Wi-Fi para determinar a localização de um equipamento móvel dentro de um edifício com precisão de centímetros. O aumento do suporte à tecnologia IPS viabilizará dicas sobre a localização do usuário para envio de propaganda e mensagens direcionadas que, entre outras coisas, poderão conduzir os clientes não somente aos lugares das lojas, mas também para produtos específicos.