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Tim Berners-Lee queria que a web se chamasse “psychohistory”, conta colega

Por| 16 de Dezembro de 2014 às 09h30

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Tim Berners-Lee queria que a web se chamasse “psychohistory”, conta colega
Tim Berners-Lee queria que a web se chamasse “psychohistory”, conta colega

Wendy Hall foi eleita em 2013 uma das 100 mulheres mais poderosas do Reino Unido pela BBC. Ela ainda é uma das pioneiras em tecnologia na internet e em 2006 fundou a Web Science Trust, ao lado de Tim Berners-Lee, pai da World Wide Web.

Entrevistada pela CNET, a professora de ciência da computação da Universidade de Southampton, no Reino Unido, comentou sobre privacidade na web e o futuro da análise de dados. Hall ainda contou algumas histórias pessoais sobre o início da web.

A professora conta que Berners-Lee queria chamar os websites de “psychohistory”, ou psicohistória, em tradução literal. O termo é do escritor de ficção científica Isaac Asimov na obra “Fundação”, em que em um futuro distante o professor Hari Seldon combina as disciplinas de história, sociologia e matemática para prever o comportamento de grandes grupos de pessoas. Mas chamar o que conhecemos por Web de psychohistory talvez confundisse muitos usuários.

Mesmo com a ideia, Hall e os demais pesquisadores conseguiram convencer Berners-Lee de chamar o novo ecossistema apenas de Web. Segundo a professora, muitas pessoas acreditam que a tecnologia é uma ciência limitada, no entanto, ela acredita que esta é uma nova forma de estudar a humanidade, usando um artifício digital.

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Hall destaca que com a observação de dados, onde as estatísticas são armazenadas e analisadas, é possível prever tendências, como temas populares nas mídias sociais, assim como usar dados coletados por um aparelho fitness para prever as possibilidades de um ataque cardíaco, por exemplo. A prioridade, no entanto, é a previsão de tendências em grandes escalas e não individuais. “Não podemos prever o que as pessoas vão fazer, mas podemos ser potencialmente capazes de prever o que a população vai fazer”, explica.

“O que temos aprendido nos 25 anos desde que tudo começou é que, na verdade, nós não interagimos com a informação, mas nós colocamos a informação lá. Não é o Google ou o Facebook. Nós alimentamos a máquina de fato. Estamos interagindo com ela e o outro através da Internet”. Este acúmulo de dados nos últimos anos trouxe, segundo Hall, avanços que permitiram tornar as previsões cada vez mais exatas, como aconteceu com a meteorologia, que se tornou mais precisa.

Atualmente, Hall atua na Comissão Mundial sobre a Governança da Internet, que pretende desenvolver uma nova política de gerenciamento da rede. O projeto pretende abordar temas como regulamentação, inovação e direitos na web.