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Google não fará mais atualizações de segurança para Android 4.3 e anteriores

Por| 13 de Janeiro de 2015 às 08h17

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O Google não está mais fornecendo atualizações de segurança para o WebView, componente para renderização de páginas da web para navegação padrão nas versões 4.3 (Jelly Bean) e anteriores do Android.

Num post no seu blog oficial, a empresa de segurança Rapid7 relatou a descoberta de uma falha de segurança no navegador padrão do sistema que afetava as versões 4.1 a 4.3 do Android. Segundo a publicação, a equipe de desenvolvimento entrou em contato com o Google para que a empresa trabalhasse numa correção para o problema.

O Google retornou o contato alegando que "não poderia tomar nenhuma ação em relação a qualquer relatório que afete as versões anteriores a 4.4". "Se a versão afetada [do WebView] for anterior ao 4.4, geralmente não desenvolvemos os patches nós mesmos, mas nós aceitaremos um patch com o relatório para avaliação", afirmou a gigante de buscas na resposta enviada à empresa de segurança.

Em outras palavras: o Google agora quer que as empresas de segurança que descobrem as falhas enviem elas mesmas patches para os problemas descobertos, que então serão "analisados" pela empresa.

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A decisão do Google de parar de fornecer atualizações de segurança para o Android Jelly Bean e anterior é problemática. De acordo com dados divulgados pela própria empresa, as versões do Android até a 4.3 equipam cerca de 60,9% de todos os dispositivos Android no mundo. A versão 4.4 (KitKat) representa outros 39,1% e a versão mais recente, a 5.0 Lollipop, ainda tem uma participação desprezível do total.

Parte do motivo da decisão de parar de lançar atualizações do Android Browser tem a ver com a tentativa do Google de fazer com que as OEMs parem de usar as funções open-source do Android e passem a utilizar as funções licenciadas pelo Google - o que, em tese, reduz a chance de que outras empresas desenvolvam produtos competidores do Android baseados no código aberto.

Reações a esse novo posicionamento do Google já podem ser vistas no mercado: o foco maior da Samsung no sistema proprietário Tizen e a fato da Amazon ter uma loja de aplicativos própria no Kindle Fire são exemplos.