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7 maneiras de ser um usuário de smartphone mais consciente

Por| 17 de Julho de 2015 às 12h34

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7 maneiras de ser um usuário de smartphone mais consciente
7 maneiras de ser um usuário de smartphone mais consciente

Os dispositivos móveis surgiram para facilitar nossas vidas, mas esse acesso fácil e rápido a uma quantidade infinita de informações nem sempre é saudável. Algumas pesquisas já apontaram que as ferramentas oferecidas pelos smartphones podem prejudicar a nossa memória, uma vez que sequer precisamos nos esforçar para lembrar de um compromisso, por exemplo. Outros efeitos colaterais já apontados por estudos são o aumento da ansiedade, síndrome do pensamento acelerado, menor concentração, baixo rendimento no estudo e trabalho, conflitos de relacionamento e isolamento social.

Para transferir esses exemplos para a sua vida cotidiana, basta tentar lembrar quando foi a última vez que você saiu para jantar com os amigos e não deu aquela espiadinha no WhatsApp ou nas redes sociais durante a noite. Ou algo ainda mais simples: tente lembrar qual é o número de telefone do seu primo que você vive papeando via mensagens de texto – e não vale espiar na agenda do celular.

Se pararmos para pensar sobre o quanto nossa vida mudou na última década, veremos que algumas de nossas habilidades se perderam com o passar do tempo e que hábitos negativos foram adquiridos. As mídias sociais tomaram um tempo que antes poderia ser dedicado à leitura de um livro, as mensagens de texto substituíram as visitas pessoais e assim por diante.

Uma pesquisa recente apontou que existem mais de 280 milhões de viciados em smartphones em todo o mundo. Mas como saber se você está passando dos limites no uso do gadget? Uma empresa responsável por uma ferramenta de análise mobile estipulou que um usuário comum de dispositivos móveis utiliza aplicativos móveis entre uma e 16 vezes por dia, enquanto os "viciados mobile" utilizam apps mais de 60 vezes por dia.

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Se você está preocupado com os efeitos colaterais desse vício do mundo moderno e quer evitar problemas futuros, ou simplesmente quer tirar o melhor proveito possível dessa ferramenta tão útil que é o smartphone de uma maneira saudável, confira algumas dicas que podem te ajudar a começar a mudar seus hábitos mobile.

1. Não use seu celular sempre que estiver entediado

O tédio é um estado de cansaço que aparece quando estamos desocupados, ou então quando perdemos o interesse na atividade que estamos realizando em determinado momento. Desconectar-se do ambiente a nossa volta e nos conectar no mundo virtual parece uma saída interessante nesses momentos. É praticamente impossível ficar entediado com um smartphone nas mãos. Mas será que essa é a melhor saída?

Vamos combinar que um pouco de tédio não faz mal a ninguém. Em vez de pensar apenas no lado negativo da coisa, tente tirar proveito desses momentos tediosos para exercitar sua criatividade e espontaneidade. É bem provável que boas ideias surjam do tédio. A matemática é simples: pessoas entediadas procuram coisas novas para sair do tédio; mas você dificilmente terá a oportunidade de exercer isso se enfiar a cara no smartphone logo que der o primeiro bocejo de tédio.

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"O tédio muitas vezes encoraja a criatividade. Indivíduos que se entediam facilmente geralmente também ficam mais insatisfeitos com dogmas sociais – são artistas, cientistas, empreendedores. A criatividade é um antídoto para o enfado, então essas pessoas produzem coisas criativas para medicar seu problema". Peter Toohey, professor da Universidade de Calgary, no Canadá, e autor do livro ‘Boredom : A Lively History’.

2. Desative as notificações

Grande parte dos usuários de smartphones tem o hábito de ativar as notificações para receber um alerta sempre que um novo comentário surge nas redes sociais, ou quando recebe uma nova mensagem no WhatsApp, por exemplo. A ideia, como sempre, é facilitar a vida do usuário e levar até ele as informações que considera importante. Mas será mesmo que você precisa pegar o telefone sempre que alguém curtir uma foto sua no Facebook?

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Toda vez que você recebe uma notificação de atividade nas redes sociais, você é puxado para fora da vida real e isso pode ser extremamente inconveniente para as pessoas que estão convivendo com você. Tente ir até o menu de configurações dos aplicativos que possuem esse recurso e desative as notificações push. No caso do iOS, por exemplo, você pode fazer isso facilmente na Central de Notificações, enquanto no Android é possível desativar a função manualmente em cada app.

O resultado pode ser uma diminuição gradual na quantidade de vezes que você puxa o celular para verificar o Snapchat, por exemplo. Talvez os mais viciados não saibam, mas é perfeitamente possível deixar algumas mensagens e posts acumularem para vê-los de uma só vez durante o fim do dia e continuar vivendo normalmente.

3. Use aplicativos que sejam realmente úteis

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Os principais sistemas operacionais móveis do mercado oferecem uma infinidade de aplicativos em suas lojas virtuais, mas quantos aplicativos nós realmente precisamos no nosso dia a dia? E quantos deles são realmente bons?

Tente fazer uma limpeza geral em seus apps com base naquilo que você realmente usa. Recursos como câmera, GPS, entre outros, são realmente eficazes e úteis. Mas será mesmo que você precisa saber quantos passos dá por dia? Sabemos que é tentador inundar nosso smartphone com programas para ter a sensação de que estamos tirando o máximo proveito do dispositivo. Faça uma limpeza no seu telefone e, além de ajudar a diminuir as distrações e uso excessivo, você também vai melhorar o desempenho do aparelho.

4. Instale menos jogos e outros sugadores de tempo

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Definitivamente, os jogos para smartphones são absurdamente mais baratos do que aqueles disponíveis para os consoles, portáteis dedicados e até mesmo PCs. Eles também não exigem a compra de um hardware separado. Mas existe um problema nos jogos mobile que, à primeira vista, parecem ser um "plus": seus jogos estão sempre com você.

O seu PlayStation ou Xbox, por exemplo, precisa estar conectado à televisão, o que significa que você precisa estar em casa para jogá-los. Com um smartphone, você pode passar algumas fases do Angry Birds a qualquer momento do dia, independentemente de onde estiver.

Nós sabemos que é difícil resistir a esse tipo de tentação, por isso o melhor a fazer é instalar a menor quantidade possível de apps sugadores de atenção. Imagine que durante o tempo que você passou arremessando os pássaros malucos enquanto estava no metrô poderia ter lido aquele livro que tanto queria e está todo empoeirado na prateleira.

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5. Procure conteúdo longe da tela do smartphone

Se explicarmos para as crianças de hoje em dia que existe vida acadêmica fora do Google e da Wikipedia, elas provavelmente vão ficar assustadas. Mas não precisamos ir muito longe para lembrar que há alguns anos quem reinava na hora dos trabalhos de escola eram as enciclopédias com milhares de páginas e que precisavam ser exaustivamente folheadas até encontrar o conteúdo que precisávamos.

Fato é que o conteúdo na web é altamente disseminado e consumido exaustivamente e os smartphones ajudaram a agravar essa situação. Quem diria que as pessoas ficariam enlouquecidas com vídeos de apenas seis segundo de duração? Com tanto conteúdo de entretenimento amontoado em único dispositivo, o conteúdo agora é feito para ser digerido em poucos segundos.

Atualmente, podemos encontrar mais conteúdo com um clique na internet do que em uma grande biblioteca. Livros? Você pode ler uma versão digital dele em seu smartphone. Revistas? As editoras alimentam seus sites com conteúdo exclusivo que pode ser obtido com um simples foco no QR Code.

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Sem dúvidas, é inteligente aproveitar essa facilidade toda a nosso favor, mas isso não quer dizer que você precise ficar o tempo inteiro buscando todo tipo de conteúdo no seu telefone. É praticamente impossível abrir mão de buscas e leituras online, mas você pode começar a repensar a maneira como faz isso.

Se você encontrou um artigo interessante, mas muito comprido, enquanto dava uma espiada no aplicativo móvel do Facebook, guarde-o e tente ler em outro momento, no seu computador, por exemplo. Vincular todas as atividades ao celular definitivamente não é saudável – e falamos isso também no sentido físico da coisa, ou você ainda não ouviu falar de "text neck" (ou de pescoço SMS), a doença causada pelo uso excessivo de smartphone?

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6. Não execute todas as tarefas em um único dispositivo

Aproveitando o gancho da centralização de busca de conteúdo nos smartphones, é preciso ampliar essa visão para outros tópicos. Só porque você usa o telefone para substituir seu computador, livros, revistas, jornais, MP3 Player, aparelho de GPS, câmera, TV, console, despertador, rádio, calculadora e assim por diante, não significa que isso está certo.

Apesar disso parecer uma economia de espaço e redução de custos, usar apenas um dispositivo para executar diversas tarefas pode significar que você não está realmente aproveitando o seu tempo livre.

Imagine essa situação: você chega em casa depois de um dia de trabalho e acompanha as notícias; depois você passa meia hora lendo um bom livro antes de assistir a dois episódios do seu seriado favorito; e, por fim, joga uma partida rápida do seu game predileto antes de dormir. E o tempo todo você estava olhando apenas para a tela do seu smartphone.

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Fazer todas essas atividades em dispositivos diferentes é mais dinâmico – isso sem contar que folhear um livro físico é bem mais gostoso e relaxante. Pode parecer que você está trocando seis por meia dúzia (neste caso, uma atividade sedentária por outra), mas pelo menos você não está fisicamente fazendo a mesma coisa, parado no mesmo lugar, olhando para a mesma tela. Além disso, dividir suas paixões entre coisas diferentes pode ajudar a diminuir sua obsessão por um único aparelhinho móvel.

7. Tenha consciência de onde você está

Essa regrinha é bem simples, mas basta entrar em um bar ou restaurante para ver que as pessoas ainda não a aplicam em suas vidas. Tenha sempre em mente o seguinte ensinamento: se você não está sozinho, você não deveria estar olhando para o seu smartphone. Simples assim.

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Ninguém gosta de conversar com uma pessoa que está de cabeça baixa, ignorando completamente o acontece ao seu redor. E isso não se aplica apenas aos seus amigos, familiares e relacionamentos amorosos, motoristas e pedestres também não gostam de lidar com pessoas que estão distraídas olhando uma pequena tela enquanto andam pelas ruas.

Tente resgatar um hábito dos mais antigos que consiste basicamente em interagir com pessoas reais que estão bem na sua frente. Você pode se surpreender com o quão divertido isso pode ser.

Basicamente, a ideia é tentar otimizar o uso dos smartphones, que são aparelhos tão úteis e importantes, em vez de deixar que eles tomem conta da sua vida. Mas se você acha que não conseguiria abrir mão desses momentos com seu gadget sem entrar em pânico, talvez esteja na hora de dar uma olhada na nossa entrevista com Eduardo Guedes, pesquisador e diretor de um instituto que realiza pesquisa científica, tratamento e programas de conscientização para o uso digital consciente.

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