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Insatisfeitas com modelo do YouTube, gravadoras podem tirar suas músicas do ar

Por| 30 de Julho de 2015 às 14h34

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Insatisfeitas com modelo do YouTube, gravadoras podem tirar suas músicas do ar
Insatisfeitas com modelo do YouTube, gravadoras podem tirar suas músicas do ar
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Os dias do YouTube como player de música podem estar chegando ao fim. Embora o serviço seja dedicado a vídeos, o público o transformou na maior plataforma de áudio e a indústria fonográfica não está muito contente com isso, tanto que rumores apontam a possibilidade de várias empresas retirarem seu conteúdo do ar.

De acordo com o New York Post, gravadoras como Sony, Universal e Warner não estão contentes com o modelo adotado pelo Google, uma vez que a receita baseada apenas na exibição de publicidade não está gerando o retorno esperado. E o resultado dessa insatisfação pode ser a simples remoção de clipes e demais vídeos relacionados a seus artistas.

Segundo uma fonte ligada à indústria da música, as companhias acreditam que o Google não está levando a sério a monetização das músicas em prol dos artistas e isso pode fazer com que as empresas decidam rever esse parceria de modo um pouco mais radical. Para eles, esse modelo gratuito não funciona, e se você observar qualquer ranking de geração de receita vai ver que o YouTube está sempre lá embaixo.

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Até o momento, isso ainda é tratado apenas como um rumor, embora não seja a primeira vez que ouvimos falar desse descontentamento da indústria fonográfica com a distribuição gratuita de músicas via streaming. Tanto o Google quanto o Spotify seguem essa lógica de oferecer um serviço de graça com propagandas para incentivar as pessoas a assinarem pacotes mais completos, mas parece que isso não está sendo o suficiente para satisfazer as gravadoras.

Tanto que novas investidas no ramo já aboliram esse tipo de modelo, como o Tidal e o Apple Music — algo que muita gente já vê como uma tendência sem volta para o segmento. Por outro lado, as empresas sabem que não podem simplesmente boicotar o YouTube, uma vez que a própria comunidade vai começar a distribuir aquelas músicas de maneira ilegal e o impacto disso pode ser bem mais negativo.

A Google defende o seu modelo gratuito baseando-se nos números obtidos nos últimos meses. Desde que começou a investir mais em música dentro de sua plataforma, a companhia revelou que, somente no segundo trimestre de 2015, o tempo de visualização dos vídeos no YouTube aumentou em 60%, o que representou o maior crescimento nos últimos dois anos. Mais do que isso, em sua versão móvel, esse tempo mais do que dobrou em comparação com o ano anterior.

E isso trouxe reflexos também no número de anunciantes. Em conversa com investidores, o chefe de negócios da companhia, Omid Kordestani, contou que houve um aumento de 40% no número de empresas anunciando no YouTube em relação ao mesmo período de 2014 e que os 100 maiores anunciantes investiram 60% a mais ao longo dos últimos 12 meses.

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Contudo, parece que esse desempenho não é o suficiente para satisfazer as gravadoras e essa briga certamente não vai acabar tão cedo. E seguimos ouvindo nossas músicas enquanto isso ainda é permitido.

Fonte: New York Post