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Depois da prisão, casal Mega Filmes HD "nem chega mais perto de computadores"

Por| 21 de Outubro de 2016 às 11h45

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Depois da prisão, casal Mega Filmes HD "nem chega mais perto de computadores"
Depois da prisão, casal Mega Filmes HD "nem chega mais perto de computadores"

O casal Marcos e Thalita Cardoso ganhou os holofotes da mídia brasileira quando, no ano passado, foram presos pela Polícia Federal por administrar o Mega Filmes HD. À época, o site de filmes e séries pirateadas recebia cerca de 64 milhões de visitas mensais e rendia R$ 70 mil por mês ao casal, que levava uma vida de luxo e ostentação.

O site saiu do ar, o casal chegou a ser preso, e hoje respondem em liberdade. Apesar disso, os dois foram intimados pela Polícia Federal a depor em mais um desdobramento da Operação Barba Negra.

De acordo com o G1, um homem detido pela segunda fase da operação disse à PF que o casal autorizou o uso do nome "Mega Filmes" em outro site, o megafilmeshd20.org, fechado recentemente com o auxílio da Interpol. A citação ao casal levantou suspeitas de que Marcos e Thalita estariam envolvidos em um novo esquema de pirataria.

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Marcos e Thalita Cardoso ostentavam nas redes sociais uma vida de luxo regada a carros e muita balada (Reprodução)

O casal prestou depoimento por pouco mais de duas horas na delegacia da PF de Sorocaba, e a polícia diz não ter encontrado quaisquer evidências, pelo menos até o momento, que indiquem que eles continuam distribuindo filmes de maneira irregular na web.

Em entrevista ao referido portal, Fábio Moura, advogado do casal, disse que "eles não sabem de nada, não têm envolvimento nenhum" com os novos sites. Ainda de acordo com Moura, depois do ocorrido em 2015, o trauma do casal foi tamanho que "ele [Marcos], inclusive, (...) nem chega mais perto de computadores".

Segunda fase da Barba Negra

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Na semana passada, a PF deflagrou a segunda fase da Operação Barba Negra, cujo objetivo é desarticular grupos de pirataria na internet. Ao todo, as autoridades derrubaram três sites que, juntos, somavam 64 milhões de visitas por mês e ganhavam dinheiro com anúncios online. Uma das cinco pessoas presas pela ação citou Marcos e Thalita.

"Eles estão muito chateados por terem sido citados novamente, porque não sabiam que estavam cometendo um crime. Eles reconhecem o erro e trabalham fora disso", garantiu o advogado da dupla. "Eles [os detidos] sabem que o Marcos e a Thalita estão na mídia e por isso devem ter falado deles, mas sem qualquer conhecimento da falta de participação deles".

A Polícia Federal classifica os três sites fechados pela segunda fase da operação como "os três maiores do Brasil" e diz que eles "não se importam em veicular a própria imagem a sites de pirataria digital".

Diferentemente do "Casal Mega Filmes", todos os presos eram mais discretos e não ostentavam tanto. Atualmente, eles estão detidos temporariamente, com possibilidade de prorrogação da prisão. Todos responderão por violação de direitos autorais e constituição de organização criminosa, podendo ter de pagar até oito anos de detenção, além de multa.

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Vida longe da internet

Atualmente, Marcos e Thalita têm um negócio próprio de venda de salgados. Eles atendem a pedidos e encomendas na porta de casa e realizam a entrega num Voyage 1987 emprestado por familiares - um contraste e tanto em comparação com os quatro carros de luxo, entre eles uma BMW, ostentados no passado.

Atualmente, "Casal Mega Filmes" leva a vida fazendo salgados sob encomenda. Entrega é feita em Voyage 1987 emprestado por familiares (Reprodução: G1)

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Arrependido, Marcos diz "estar fora" da vida do crime e que não quer voltar a ficar preso como ficou por dez dias em 2015.

Fonte: G1