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Bloqueios ao WhatsApp e outros serviços no Brasil custaram R$ 360 milhões

Por| 24 de Outubro de 2016 às 07h34

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Bloqueios ao WhatsApp e outros serviços no Brasil custaram R$ 360 milhões
Bloqueios ao WhatsApp e outros serviços no Brasil custaram R$ 360 milhões
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Volta e meia o fantasma do bloqueio do WhatsApp e outros serviços assombra o Brasil. Só em 2016, o mensageiro instantâneo mais popular do mundo foi impedido de operar no país duas vezes. O Facebook, por sua vez, vive sendo ameaçado de ser tirado do ar. É o tipo de coisa que ninguém quer ver acontecer e que tem um custo econômico elevado.

Em um estudo recente, o Brookings Institution analisou países que bloquearam o acesso de sua população a sites e serviços de internet diretamente na infraestrutura da rede e chegou à conclusão que isso tem um custo anual de US$ 2,4 bilhões. No caso específico do Brasil, nosso país aparece na quinta posição em termos de custos totais entre os países pesquisados: ao todo, as ordens de bloqueio custaram R$ 360 milhões à economia. Ao nosso lado, no ranking, estão o Congo (com R$ 220 milhões em prejuízos) e o Iraque (R$ 660 milhões) - duas companhias que não dão inveja em ninguém. A Índia é quem lidera a penosa listagem com R$ 3 bilhões em prejuízos.

Além de realçar a importância crescente da internet para a economia dos países, o estudo também mostra que cada um deles cria razões diferentes para bloquear sites e serviços. No Paquistão o motivo foi o medo de protestos no dia do principal feriado nacional. No Burundi, a eleição de 2015, que reelegeu, pela terceira vez, o presidente Pierre Nkurunziza. No Brasil, o não cumprimento de determinações judiciais anteriores e/ou não-colaboração com investigações policiais de suspeitos de tráfego de drogas.

Independentemente dos motivos, a ONU diz que o bloqueio à internet deve ser considerado uma violação aos direitos humanos - uma resolução que enfatiza o papel central da rede na vida contemporânea das pessoas. Além disso, a organização "conclama os Estados a abdicarem e cessarem tais medidas" por elas impedirem e interferirem "no acesso ou disseminação da informação online".

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Fonte: Brookings Institution, Folha